quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Dia Em Que Caminhei

Um dia eu caminhei...
Não me lembro por onde,
Nem para onde,
Caminhei eu, um dia.

Sei é que um dia eu caminhei...
E sorri eu,
No dia em que caminhei.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Coragem de Sonhar

        Há quem diga, ainda mais nos nossos dias, que sonhos são coisas infantis, coisas de tolos. É certo que não é de todo uma mentira, mas não é certo que por isso devem os sonhos serem afogados debaixo de um chuveiro.
        Sem a pretensão de aconselhar ou “autoajudar”, costumo dizer que sonhos são feitos para se viver. Sonhos são motivadores da vida, são para serem vividos e não sonhados. Sonhos são apenas sonhados durante suas concepções. Do contrário, se sempre sonhados, passam a ser apenas conformações, lamentações, absorvidas como justificativas de uma desistência.
        Sonhos são os motivadores da evolução da humanidade. O homem sonhou em cruzar os mares, sonhou em voar, sonhou em ir até a lua e sonhou em ser Deus. Mas estes foram sonhos grandes, de impacto relevante e sucesso evidenciado que puderam ser realmente vividos, por terem sido vividos foram tidos como grandes façanhas, grandes vitórias, respeitados; mas acreditem, foram desacreditados e ridicularizados em suas anunciações.

        Hoje, sonhar é, de uma forma velada, proibido, considerado uma perda de tempo, uma atitude infantil e ridícula. E complemento que sonhar não é apenas proibido, mas perigoso. Não só pela violação da proibição em si, mas por colocar o sonhador em uma posição ridicularizada, sob questionamentos e incredulidades que podem ferir, inclusive, sua dignidade.
        Há tempos, e cada vez mais, é exigida das pessoas a razão sobre o coração, e por isso, temos um mundo cada vez mais voltado ao materialismo e cada vez mais independente de emoções e sentimentos. Talvez as crianças e os lunáticos entendam isso; mas são muitos os outros que afogam seus sonhos tentando se conformar de algo ridículo gerado involuntariamente pela própria mente. Mas aqui vai uma novidade: sonhos não são involuntários! Sonhos têm bases muito bem fundamentadas na vivência, na ausência, nas prioridades e nas ânsias que cada um carrega no peito. Sonhos objetivam uma única coisa: a felicidade de seu criador!

        Nenhum sonho é impossível, alguns são muito difíceis. Para estes, há outros menores e mais fáceis que os complementam e que podem, ao menos, preparar o caminho. Contudo, sonhos são propriedades privadas e extremamente íntimas de seus criadores, quase segredos de si mesmos, e por este simples motivos, devem ser guardados e protegidos da ciência alheia. Guarde e proteja seus sonhos da ciência alheia! E isso acontece não apenas pela maldade, que é maioria, mas pela falta de compreensão. Falta esta fácil de se compreender: as pessoas não tem e nem sabem as razões, as motivações que levam a um sonho de outra pessoa. Talvez nem mesmos os próprios sonhadores conseguem ter esta clareza, mas estes ao menos podem sentir, e este sentimento os tomam por completo sem justificativas ou explicações. As demais pessoas, por mais próximas e queridas que sejam, pelo simples fato de não compreenderem, acabam por injuriar os sonhos alheios. Outras, preferem utilizar-se da “praticidade da vida” como desculpa para desdenharem os sonhadores, quando não os próprios sonhos, o que simplesmente se traduz em se sentar comodamente num canto da vida e deixar que ela passe, se conformando com o todo. Compreendamos, é uma questão de escolha.

        Mas concordo com o que dizem: sonho é para crianças e para os tolos, pois somente as crianças e os tolos têm a inocência de sonhar livremente sem pudores. Deixar de sonhar, ou tentar sufocá-los antes do primeiro ato, é praticamente um suicídio. Sonhe, mas não se conforme com seus sonhos, busque-os nem que se passe a vida, e quando o realizar, sorria, tome fôlego e busque outros novos, pois sonhos evitam a rotina, sonhos colorem os dias, sonhos justificam a vida! E quando sonhar, sonhe baixinho, vai que alguém escuta!

Sonhemos!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Num Instante...

Por um olhar ele se encantou,
Em um sorriso ela se entregou,
Com um toque eles se amaram,
Em um instante uma vida eles viveram.