Sem muito, gostaria de apresentar-lhes este trabalho e convidá-los a "receber" as cartas do Alessandro e até, quem sabe, participar do grupo secreto!!
A carta toda pode ser lida aqui. A seguir, uma degustação. No fim estão informações para receber as cartas...
[...]
Estava no carro com uma amiga,
recentemente e ela observou que eu tinha levado uma fechada. Eu nem
tinha notado. Intuitivamente eu já tinha reduzido a velocidade para
permitir que o outro entrasse na minha frente como se aquela fosse uma
manobra normal. Nem eu e provavelmente, nem ele, percebemos o risco
pois, graças a uma postura não agressiva e sim instintivamente
defensiva, não houve risco algum.
Ainda fico irritado com quem muda de
pista sem dar sinal (quanto mais com quem faz conversões desse modo).
Antigamente, chegava ao ponto de ultrapassar o sujeito e mudar de pista
na frente dele, dando seta, só para mostrar como é que se faz. Mas hoje
nem isso.
De vez em quando, xingo barbeiragens
quando as vejo, mas mais por diversão, para rir desse comportamento
mesmo, do que por estar irritado de verdade.
Ainda fico bastante contrariado quando
alguém visivelmente errado me cobra a sua razão. Mas tenho tentado usar a
estratégia da minha amiga Claudia Regina: se o cara está acima da
velocidade, talvez ele realmente tenha um bom motivo para a pressa; se
ele me fechou, talvez esteja abalado com um algum problema muito sério;
se me xingou, está com problemas nos nervos.
Talvez esse problema muito sério seja pura e simplesmente falta de empatia e a pessoa acredita que a estrada é dela e os outros só estão ali para atrapalhar.
Mas isso é um problema sério também: no
futuro, daqui a uns mil anos falta de empatia será tratada como uma
moléstia da saúde. Todos têm motivos para seus erros. Inclusive eu ou
você. Não cabe a nós julgar, mas aceitar que essas coisas existem e nos
precaver. Perder a gentileza para com os outros e consigo mesmo é
desperdício de energia e uma agressão.
É responsabilidade daquele que é mais consciente cuidar daquele que é ou, por força das circunstâncias, está menos consciente.
E, por isso, ele deve agir com
gentileza e até cautela, observando o mínimo detalhe de seus atos, até a
forma como está respirando, pois a respiração tem a ver com as emoções,
boas e más.
Já, em casa, porque aqueles com quem
temos intimidade são os mesmos com quem nos sentimos à vontade para, de
vez em quando, mostrar nossas piores partes, também temos grandes
dificuldades. E justamente esses deveriam ser aqueles que recebem de nós
apenas o melhor que temos.
Mas isso fica para outra carta, pois esta já se alonga.
Sugira mais temas
Existem muitos outros temas ali no post.
Vou deixar ele por ali para receber mais sugestões de assuntos. Os que
ainda não abordei, abordarei. Tentarei fazer pela ordem, a não ser que
exista algum sobre o qual eu não saiba, não possa ou não queira falar.
Crônica da semana
Às vezes, como hoje, acho que escrevo
de uma maneira superficial, simples até. Mas fazer o quê? É como eu
penso. O pensamento de uma pessoa comum, com dias comuns, numa rua comum
de uma cidade comum. Ainda que minha vida tenha algumas peculiaridades e
eu veja algumas coisas de um modo diferente, acredito que em 99% das
vezes minhas experiências e minhas reações a elas não diferem das de
ninguém no planeta.
Assim, sempre que possível e sempre que
eu achar necessário compartilharei uma crônica minha que são o 1% em
que faço questão de ver o mundo de uma maneira única (ainda que, admito,
nem tanto).
[...]
O escritor merece ser pago. Sim. Merece.
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Quero agradecer, em especial, àquelas
pessoas leitoras de minhas cartas que, não podendo pagar via internet
ainda se dão ao trabalho de ir até o banco, debaixo de sol, para fazer
um depósito em minha conta.
Todos que me leem me incentivam
a continuar a escrever, mas certamente os pagantes são os que
efetivamente garantem que isso continue acontecendo. Obrigado.
Leia as cartas antigas
Últimas palavras
Frase da semana: "Onde vemos as cruzes do ebola, tenha a certeza de que há os que veem cifrões."
Nome de cachorro: Gangrena.
Música da semana: https://www.youtube.com/watch?v=PSoOFn3wQV4
Caro Alessandro, empatia deveria ser um imposto diário, quanta coisa ruim poderia ser evitada se as pessoas fossem mais empáticas, os nossos problemas e ou sofrimentos não nos dão o direito de ceifar vidas, principalmente no trânsito, coisa que acontece corriqueiramente. Procurar entender o outro, seja nas suas ações ou aflições nos tornam pessoas fortes, crescidas e sadias, portanto, concordo com você em tudo.
ResponderExcluirParabéns! e Beijo Rafa!
Cris.
Beijo tia!
ExcluirGostei da carta dele. Escreve bem e sabe relacionar bem os assuntos... É gostoso de tratar temas cotidianos, gosto de crônicas!
ResponderExcluirValeu a indicação, Rafael.
Oi Carol....sou suspeito, gosto muito do que ele escreve....que bom que gostou!
ExcluirEm Brasília as pessoas que dirigem não conhece o sinal de mudança de faixa (chamada de sinaleira). Andam colados na traseira do teu carro, como quem tá querendo te dá um empurrão. Neste caso é melhor vez por outra mostrar o sinal de uma freadinha de leve para ser notado ( acender aquela luz vermelha).
ResponderExcluirSei bem....também acho que temos que "ensinar" os demais...faço isso constantemente também, a buzina da minha moto, com duração, intensidade e momento adequado, transmitem um puxão de orelha e susto que "ensinam"!
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