domingo, 21 de dezembro de 2014

Diary of a John Doe

Olá Pessoal!

Aproveitando o clima Natalino e para fechar o ano com chave de ouro, compartilho com vocês o lançamento do meu "Diário de Zé Ninguém" em inglês.

O projeto foi finalizado este mês por uma tradutora especializada e já está disponível para venda nos principais canais de venda de livros independentes como:

Agora este trabalho extrapola os limites da nossa língua e corre o "risco" de ser reconhecido por outras culturas e pessoas.

Mais do que nunca, preciso e peço a ajuda de vocês para divulgar, literalmente, para todo o mundo!

Agradeço e conto com esse apoio.

Aproveito para desejar um ótimo Natal e um excelente Ano, cheio de felicidades, realizações e paz para todos nós!

Abraços!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

#MM07


"A inteligência é algo percebido, nunca declarado. É o imbecil quem se declara."

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

#MM06


Era uma vez um homem que reclamava de tudo e de todos. Ele passava o tempo todo reclamando,
reclamando e reclamando...


F I M



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

#MM05



"Tudo tem limites, até a falta deles."

domingo, 19 de outubro de 2014

"Jeitinho Brasileiro"

Estes dias conversei com um agente de trânsito para tentar entender uma sinalização adicional usada em uma conversão. Eram aqueles contes grandes ligados pelas fitas coloridas:

- Por favor, por que neste horário vocês usam estes cones e fitas?
- É para reforçar a sinalização desta conversão, pois este é horário de pico.
- Ah, é? Então quer dizer que não é permitido cruzar este pondo em qualquer horário do dia? Por exemplo, se eu sair dali do estacionamento eu não posso cruzar aqui?
- Exatamente, em nenhum momento do dia pode, esta hora apenas reforçamos. Mas faz o seguinte, se você sair fora deste horário e não ver nenhum de nós, você pode arriscar.
- Mas não é proibido?
- É, mas você pode arriscar fora deste horário... Mas se a gente ver, a gente multa!
- Não, pode deixar... É proibido!
- Você é quem sabe... Mas dá pra arriscar sim!
- ...

É isso! Nós brasileiros somos orientados pela punição e não pelos deveres, não pelos limites cívicos. O termo "proibido", ou simplesmente "não pode", é interpretado ao sabor da conveniência, a não ser que haja fiscalização e consequente punição. É o maldito "jeitinho brasileiro" que tantos se orgulham de reverencias de boca.

"Não pode atravessar no farol vermelho!" - Ah, mas não tem ninguém vindo!
"Não cruze fora da faixa de pedestres!" - Ah, mas está muito longe! (10 passos)
"Não pare na vaga de deficientes!" - Ah, mas é só um pouquinho!

Mas na hora que tratamos dos nossos direitos... Ah, meu amigo! Aí se segura, porque para onde se olhar só haverá compatriotas corretos, cumpridores da lei e dos bons costumes, pagadores de impostos, oprimidos e injustiçados!

O que estamos vendo por aí, ainda mais nestes tempos de eleições, não é algo pontual, mas uma consequência atemporal do "jeitinho brasileiro" em proporções e profundidades muito maiores!

Se liga, mané!


domingo, 12 de outubro de 2014

As Cartas do Alessandro

Semanalmente, o Alessandro Martins tem nos presenteado com suas provocadoras e inspiradoras cartas que abordam de maneira natural, direta e até divertida, diversos temas cotidianos, uns bastante discutidos, outros muito escondidos...

Sem muito, gostaria de apresentar-lhes este trabalho e convidá-los a "receber" as cartas do Alessandro e até, quem sabe, participar do grupo secreto!!

A carta toda pode ser lida aqui. A seguir, uma degustação. No fim estão informações para receber as cartas...



[...]
 
Estava no carro com uma amiga, recentemente e ela observou que eu tinha levado uma fechada. Eu nem tinha notado. Intuitivamente eu já tinha reduzido a velocidade para permitir que o outro entrasse na minha frente como se aquela fosse uma manobra normal. Nem eu e provavelmente, nem ele, percebemos o risco pois, graças a uma postura não agressiva e sim instintivamente defensiva, não houve risco algum.

Ainda fico irritado com quem muda de pista sem dar sinal (quanto mais com quem faz conversões desse modo). Antigamente, chegava ao ponto de ultrapassar o sujeito e mudar de pista na frente dele, dando seta, só para mostrar como é que se faz. Mas hoje nem isso.
De vez em quando, xingo barbeiragens quando as vejo, mas mais por diversão, para rir desse comportamento mesmo, do que por estar irritado de verdade.
Ainda fico bastante contrariado quando alguém visivelmente errado me cobra a sua razão. Mas tenho tentado usar a estratégia da minha amiga Claudia Regina: se o cara está acima da velocidade, talvez ele realmente tenha um bom motivo para a pressa; se ele me fechou, talvez esteja abalado com um algum problema muito sério; se me xingou, está com problemas nos nervos.
Talvez esse problema muito sério seja pura e simplesmente falta de empatia e a pessoa acredita que a estrada é dela e os outros só estão ali para atrapalhar.
Mas isso é um problema sério também: no futuro, daqui a uns mil anos falta de empatia será tratada como uma moléstia da saúde. Todos têm motivos para seus erros. Inclusive eu ou você. Não cabe a nós julgar, mas aceitar que essas coisas existem e nos precaver. Perder a gentileza para com os outros e consigo mesmo é desperdício de energia e uma agressão.
É responsabilidade daquele que é mais consciente cuidar daquele que é ou, por força das circunstâncias, está menos consciente.
E, por isso, ele deve agir com gentileza e até cautela, observando o mínimo detalhe de seus atos, até a forma como está respirando, pois a respiração tem a ver com as emoções, boas e más.
Já, em casa, porque aqueles com quem temos intimidade são os mesmos com quem nos sentimos à vontade para, de vez em quando, mostrar nossas piores partes, também temos grandes dificuldades. E justamente esses deveriam ser aqueles que recebem de nós apenas o melhor que temos.
Mas isso fica para outra carta, pois esta já se alonga.
Sugira mais temas
Existem muitos outros temas ali no post. Vou deixar ele por ali para receber mais sugestões de assuntos. Os que ainda não abordei, abordarei. Tentarei fazer pela ordem, a não ser que exista algum sobre o qual eu não saiba, não possa ou não queira falar.

Crônica da semana
Às vezes, como hoje, acho que escrevo de uma maneira superficial, simples até. Mas fazer o quê? É como eu penso. O pensamento de uma pessoa comum, com dias comuns, numa rua comum de uma cidade comum. Ainda que minha vida tenha algumas peculiaridades e eu veja algumas coisas de um modo diferente, acredito que em 99% das vezes minhas experiências e minhas reações a elas não diferem das de ninguém no planeta.
Assim, sempre que possível e sempre que eu achar necessário compartilharei uma crônica minha que são o 1% em que faço questão de ver o mundo de uma maneira única (ainda que, admito, nem tanto).

[...] 

O escritor merece ser pago. Sim. Merece.
Se você acha que meu trabalho merece ser pago de alguma forma:
Quero agradecer, em especial, àquelas pessoas leitoras de minhas cartas que, não podendo pagar via internet ainda se dão ao trabalho de ir até o banco, debaixo de sol, para fazer um depósito em minha conta. 
Todos que me leem me incentivam a continuar a escrever, mas certamente os pagantes são os que efetivamente garantem que isso continue acontecendo. Obrigado.

Leia as cartas antigas

Últimas palavras

Frase da semana: "Onde vemos as cruzes do ebola, tenha a certeza de que há os que veem cifrões."
Nome de cachorro: Gangrena.



sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Nota de Esclarecimento

Pessoal,

Ontem a noite eu publiquei aqui um post sobre sorteio de exemplares de uma antologia, porém, fui alertado hoje por uma amiga sobre a proibição de sorteios e afins. Desta forma, removi o post e não haverá nenhum sorteio.

Eu desconhecia esta proibição e confirmei ser verdadeira e vigente. Segue um dos links para quem quiser saber mais: Governo proíbe sorteio de prêmios em redes sociais sem autorização

Peço desculpas pelo transtorno àqueles que se inscreveram.

Obrigado pela compreensão!


domingo, 21 de setembro de 2014

Antologia: Quando a Luz se Apaga

Olás!

Mais uma vez o Grupo Editorial Beco dos Poetas conseguiu reunir em um mesmo livro autores das mais diversas regiões, com suas múltiplas experiências e com um mesmo amor e paixão pela escrita.

Hoje está oficialmente lançada a nova antologia "Quando a Luz se Apaga", da qual participo com alguns de meus textos e muita alegria.

"É com muita satisfação que convido você a ler estas belas palavras que se seguem. Sejam poemas, contos ou crônicas, acredito que cada autor trás uma visão única do mundo, da realidade e de si mesmo."

Recebi os meus exemplares esta semana. A edição ficou muito bonita. São ótimos textos de diversos autores surpreendentes.

Adquira seu exemplar aqui.
 
Abraços a todos!

P.S.: Acompanhem as próximas postagens, estou pensando em um sorteio!

domingo, 31 de agosto de 2014

Le Storie di Arealibro II

Olás!

Em outubro do ano passado, celebramos aqui o lançamento da antologia "Le storie di AreaLibro", pela comunidade Arealibro, no qual participei com um dos meus textos.

O projeto foi um sucesso! Na sequência começamos a preparar a segunda antologia e é ela que apresento agora a vocês:
http://www.edizionisimple.it/libro/le-storie-di-arealibro-ii-epub/

Mantendo os moldes da primeira, esta nova antologia é eletrônica (e gratuita) com textos de diversos autores.

Para conhecer mais sobre o projeto, clique aqui.

Para baixar o seu exemplar, clique aqui (será necessário criar uma conta de acesso).

Abraços...

domingo, 24 de agosto de 2014

Mudanças

Esse mundo parece mais uma bolsa pulsante que muda de formas cores, sabores e cheiros a uma velocidade alucinante. Cada vez mais, mudanças acontecem a todo momento, em todos os lugares, frutos da evolução tecnológica, econômica e, por que não, social.

Vivemos em ritmo cada vez mais frenético em que as adaptações devem estar, no máximo, a meio passo atrás das mudanças. Não é algo fácil, pelo contrário, é difícil e tortuoso, mas graças à nossa incrível capacidade intrínseca de adaptação, sempre alcançamos. E foi esta capacidade de adaptação que garantiu à nossa espécie não só a sobrevivência, mas também toda a nossa evolução. Evoluímos porque nos adaptamos, nos adaptamos porque mudamos!

O interessante é que, ultimamente, os indivíduos da nossa espécie, ou seja, nós, resolvemos nos sentar sobre nossas arrogâncias e nos colocarmos como imutáveis. Ou seja, os indivíduos da espécie que mais mudou, hoje são “assim mesmo”. Estranho, não?

É comum a quantidade de vezes que ouvimos esta frase covarde: “sou assim mesmo”. Sim, somos assim mesmo: mutáveis, adaptáveis; não pedras teimosas cheias de si que se posicionam donas de qualquer verdade. E é isso que mais vemos hoje. As pessoas estão intransigentes e intolerantes, mas por assim escolherem. Isso é uma bola-de-neve dos diabos, pois é o tipo de sentimento que machuca e provoca o sentimento de autodefesa nos outros.

Isto não se aplica apenas às relações sociais, aquelas dos trânsitos e das padarias, mas entre amigos, entre familiares, em relações amorosas nas quais o sentimento de bem-querer devia prevalecer sob uma grande forma de amor, mas que sucumbe diante das estagnações e intransigências das partes. É comum vermos casamentos, noivados, namoros, amizades e até relações familiares se deteriorarem pela estagnação. Não por falta de amor, mas por ser água mole em pedra dura, que dissolve e enfraquece o amor: “tenho minha verdade e ela é absoluta na minha e na sua vida, não me diga o contrário se quiser manter-se comigo”. Adaptabilidade? Só se for da parte que consegue conviver com isso. Mas esta opção me parece um tipo de autoflagelação.

Onde foram parar as conversas? Onde foram parar a vontade de ver o outro sorrir? Onde foi parar a possibilidade de ceder para satisfação alheia (que também se torna comum às partes)? Onde foram parar as pequenas negociações que mantêm em pé as relações? Por que tanta arrogância? Por que a impossibilidade de ouvir, de coração, uma palavra, um pedido, uma reclamação que seja, sem indignação para com quem a profere, transferindo-lhe todas as responsabilidades daquilo que ele mesmo pede?

Estamos intolerantes, estamos arrogantes e estamos sem educação básica.

Escolher não mudar, não se adaptar é uma opção de cada um e deve ser respeitada. Porém, quem faz esta escolha precisa compreender que escolheu o individualismo, o que não se aplica a uma vida em sociedade, que escolheu viver somente as suas verdades como as únicas.

O triste é que, como estas escolhas estão cada vez mais comuns, as pessoas estão vindo dos berços prontas para este tipo de vida individualista. Infelizmente, é o tipo de ser que vai acabar seco, sozinho e arreganhado, sem ter nem em quem colocar a sua própria culpa.


É verdade que não mudar é a opção mais fácil, pois é possível viver apenas com as próprias verdades, impor e exigir a satisfação apenas das próprias vontades e caprichos, sem nada dar em troca. É possível atribuir as próprias falhas aos outros e a eles também as responsabilidades de adaptação que deveriam ser comuns aos seres em sociedade. É possível viver só de direitos sem considerar a existência de deveres. Contudo, as consequências devem ser consideradas. Aquele que assim prefere viver vai machucar os outros e nunca estará satisfeito. Os outros irão, inevitavelmente, se afastar, mantendo uma distância inversamente proporcional aos sentimentos relacionados – mas irão se afastar. E aquele que não quer mudar, definhará, se tornará uma pessoa amarga e desagradável, escolherá a si próprio e renunciará ao conjunto, à vida coletiva.

Mudar é difícil, dói, pois erra-se e apenas com os erros é que se aprende; mas aquele que tenta, inclusive o que apenas intenta, mantém-se cercado de pessoas que o querem bem, que o apoiarão e quererão com ele sorrir. Quem muda, quem tenta ser uma pessoa melhor, erra; o perfeito, aquele que não tem mais o que fazer (ou não quer), não está mais vivo, apenas existe!

Cito Érico Veríssimo: “Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.”

Para sermos, hoje, pessoas melhores do que ontem e, amanhã, melhores do que hoje, temos que mudar, um pouquinho por dia, com o que aprendemos, ouvimos e vemos à nossa volta. Caso contrário, seremos pedras, estátuas incômodas que cansam a visão das pessoas e mal se encaixam aos cantos.

Mudemos, tentemos ser pessoas melhores e vivamos de verdade em comunhão; caso contrário, soframos!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O Que Sei

Algumas coisas eu sei,
Outras eu acho que sei [não sei...],
Muitas eu não sei.

As que sei,
Uso de referência,
Para não me perder nas mesmas pedras,
Para poder mudar o rumo, seguir adiante.

Das que acho que sei,
Sigo atento, ora ignorante, ora perspicaz,
Sempre a observar, a confirmar.

As que não sei,
Aprendo, quando for a hora,
Não antes, para o caminhar não atrapalhar,
Sigo atento, para tudo aproveitar e pouco machucar.

domingo, 3 de agosto de 2014

Fogo


Somente teme o fogo aquele que um dia se queimou;
O outro, por mais que esteja avisado,
Não o teme e o desafia até a primeira queimadura,
Quando distribuirá a culpa de seu infortúnio.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Ao Naufrágio

Ignorou o nobre capitão o alerta desesperado do vigia no topo do mastro.

Obstinou-se em sua decisão.
Convicto, manteve a rota,
Pulso firme no timão,
Olhar fixo e expressão impassível.

Rajadas de ventos assoviavam uma nova rota,
Espessas nuvens negras anunciavam a tormenta,
Súplicas indiscretas eram rogadas pelo contramestre,
Murmúrios e gemidos amedrontados latejavam o convés.

Ignorou o nobre capitão o alerta desesperado do vigia no topo do mastro.
Intransigente, surdo e cego, seguiu convicto,
Guiando vidas ao anunciado e terrível fim evitável.

domingo, 13 de julho de 2014

Felicidade

Aviso àqueles à procura da felicidade: DESISTAM!

Não está a felicidade em um lugar esperando para ser tomada,
Está ela em todos os lugares, sob todas as formas, mas nunca escondida.

Está no sorriso alheio, no sol que brilha,
No pão quente, no barulho da chuva,
Nos cheiros de café recém-coado, nos sabores da comida materna,
Nos olhares, nos gestos, nos toques,
Nas flores, nos animais, no céu azul, nas crianças...

Felicidade não pode ser encontrada, mas construída!
Deve ser colhida, amontoada, lapidada,
Todos os dias, aos poucos,
Entre as tristezas, as decepções e as dificuldades da vida.

Felicidade é como areia:
Corre pelos dedos,
Se vai com o vento,
E pode formar lindos castelos.

A cada enxadada, um sorriso
E se não houver, causemo-los!

É preciso olhar ao redor com olhos e corações abertos,
Caçar estas pequenas maravilhas, construir a felicidade,
E vivê-la intensamente até que se vá novamente.
Felicidade pede verbo estar, jamais o ser.

A felicidade contamina tudo e a todos:
Estejamos felizes e causemos uma pandemia!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Tempo Sobre Tempo

É árido de tempo o tempo em que vivemos:
Opressor, exige das sobras mais do que valeram
Cruel, consome os olhares e os carinhos
Irônico, é criatura e não criador.

É árido de sentimentos o tempo em que vivemos:
Egoísta, não permite a vida
Ciumento, sufoca os amores e as felicidades
Valioso, justifica a própria ausência.

Em tempos como este,
As sensações não se definem, se misturam, se condensa,
Nada se fixa, nada toma forma, tudo na essência se perde,
Os caminhos mais se bifurcam, se entrepõem e se contrapõem.

Em tempos como este,
Somos julgados pela capacidade de desprendimento para com a vida,
Pela priorização a partir da matéria,
Pela individualidade agressiva.

Em tempos como este,
É preciso sentar-se ao barranco a observar o rio a passar,
Sentindo o sol no rosto a ouvir o tempo passar,
Apenas existindo como se tudo fosse uma grande piada, e viver!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Fuga Inexistente (Direto do Túnel do Tempo)

Ontem o Rangel Barel, amigo de Santa Gertrudes, me enviou este texto que ele achou entre seus pertences. Trata-se de uma "letra" de música que eu havia escrito para nossa banda em 1996! Incrível!

Sempre digo que eu escrevia "coisas" há um bom tempo, mas sempre acabava rasgando-as em seguida. Está aí um registro de 18 anos (como passa!) de meus primeiros rabiscos:

(Valeu Rangel!)

*          *          *


Estou preso num vale
Cercado de montanhas
E coberto por nuvens suspensas no céu azul
Corro do som das aves
Dos ruídos da floresta

Na prisão da natureza
Eu procuro uma saída
Na dúvida da incerteza
Eu quero árvores caídas

Me jogo no lago tentando fugir
Sou surpreendido com a transparente escuridão
E pelo barulho do silêncio
Um novo mundo, quieto e vivo
Me lembro da fumaça, dos carros
Das buzinas irritantes, dos telefones
Dos edifícios, das construções e dos amores

No desperdício das impurezas
No horror das jazidas
Eu quero o teor da natureza
Que está quase destruída

Então eu percebo que não estou preso
Percebo que estou libertado
Estou fora da prisão
Aqui é o meu lugar
Aqui é o nosso lugar
Venha comigo baby
Cavalgar de costas sob o lago
Entre os galhos sem nos arranharmos

Venha sem frieza
Ache sua saída
Venha ver a beleza
Venha sentir-se viva

Aqui não há mal nenhum
Não tem problemas
O meu coração está aqui
Traga o seu, vamos viver.

domingo, 11 de maio de 2014

Novo Lançamento: Tempos Verbais!

Andei prometendo por aí uma terceira grande notícia... Como promessa é dívida: venho anunciar o lançamento do meu livro "Tempos Verbais"!

"Tempos Verbais" é originado de um roteiro teatral que há algum tempo anunciei por aqui, mas agora o disponibilizo por completo em formato eletrônico e gratuitamente.

Todos os detalhes abaixo sobre este e os meus outros livros estão disponíveis e atualizados na página "Meus Livros", aqui no blog.

Aproveito para desejar um Feliz dia Mães a todas as mães desse mundo! Que para vocês todos os dias sejam os seus dias (certo filhos?).

E também, como tem sido, peço o apoio de todos vocês com a divulgação deste e de outros trabalhos meus. Espalhemos ao mundo!

Tempos Verbais
Tempos Verbais é um drama satírico em um ato que trata conflitos internos do nosso herói, um eu-presente derrotado e sem chão, com a personificação do seu passado e com a de seu futuro travando uma profunda e complexa discussão sobre as ações, consequências e responsabilidades de cada um deles para com a própria vida. Um roteiro integrante e angustiante, salpicado de bom humor, que levará o leitor, porque não espectador, a uma divertida, mas séria reflexão.
Teatro
Drama Satírico
Publicação:
11/05/2014
Downloads:
ePub, PDF, Mobi

Abraços,

Rafael

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Entrevista Minha no Widbook

Ainda continuando a semana do meu livro "Patos" e das "Três Notícias", mas não sendo ainda a prometida terceira, mas talvez uma 2,5, compartilho com vocês a minha entrevista publicada hoje no blog da Widbook:


É uma grande oportunidade que está me dando uma excelente visibilidade no meio literário! Arrisco a dizer que é a primeira colheita de frutos saborosos plantados e por tanto tempo cultivados em solo árido.

Já já vem a tal da terceira notícia!

Abraços,

Rafael

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Três Grandes Notícias


Pessoal,

Estive um período fora, mas não parado. Volto com três grandes notícias que gostaria de compartilhar com vocês!


1) Livro da Semana: esta semana meu livro PATOS foi escolhido como o livro da semana pela equipe Widbook. O livro está como destaque no site e nos e-mails enviados aos leitores. É uma grande e extensa divulgação que me ajuda muito neste caminho. Para quem não conhece, Widbook é uma comunidade colaborativa na qual você pode ler, escrever e publicar livros gratuitamente, em um ambiente moderno e inovador:

Ebook da semana
PATOS
Escritor Rafael Castellar das Neves
Categoria Romance
Idioma Português
A saga de um jovem de espírito inquieto que, na busca de seu caminho, encontra-se diante de um novo "eu" desprovido de valores e de conduta questionável. Um novo "eu" descontrolado e perturbado que é submetido a um tratamento psiquiátrico duvidoso lhe revelando a pior e mais torturante fase da sua vida.

Escolhemos também um ebook em inglês
The Gifted Chronicles: Kitoya
Escritor Namaqua
Categoria Fantasia
Idioma Inglês

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2) Artigo na e-WordNews:na semana passada, a equipe da eWordNews publicou um artigo com algumas dicas minhas sobre os caminhos para a publicação de livros e também a divulgação do meu trabalho. O artigo foi publicado em português e inglês e pode ser lido aqui.

http://ewordnews.com/ptbr/literary-news/2014/4/17/about-my-writing


3) Vem novidade por aí: preparem-se, pois nos próximos dias teremos mais uma grande novidade!


Agradeço imensamente à equipe Widbook e eWordNews pela confiança e oportunidade com a divulgação dos meus trabalhos!

Abraços e bom feriado a todos,

Rafael

terça-feira, 25 de março de 2014

Vários Mundos

Mal anuncia o sol o novo mundo,
suspende o calor ao ar os restos do outro:
aromas indigestos, podridão adocicada,
restos e expurgos de outros bichos, de outras vidas.

O novo denuncia o morto,
toma-lhe as sombras,
revela os atrasados que rastejam
azedos, lambuzados e mutilados,
para os buracos de onde saíram.

Vêm-se os novos,
tão iguais e tão piores
desviando passos e olhares,
pensamentos e suspiros,
derramando asco e descaso.

Vão-se os outros,
fervilha o mundo novo,
sorrisos e cores o cobrem,
bolsos e barrigas se empanturram,
egoísmo e arrogância o inundam.

Mal anuncia a noite o outro mundo,
vão-se às pressas estes novos,
a fugir daqueles velhos
que saem inflamados e sedentos [novamente]
pelos restos sujos e migalhas azedas
que lhes sobram destes vários mundos.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Daqui de Onde Vejo

Daqui de onde vejo passam casais,
Passam crianças e passam adultos,
Passam sorrisos e passam gentilezas,
Passam o sol e passam as chuvas.

Passam as vontades por “nãos” perseguidas
Da compreensão, nunca pedida, não passam nem as sombras
Da aceitação, princípio da existência plural, nem os vultos passam.

Ficam o amargo de sonhos engolidos a empapuçar a garganta,
E a impotência de descasos concedidos pelas turbulências da vida,
Fica o descompasso do cansaço da incessável busca pela saída,
Vão-se as forças e a saúde, que outrora foram tratores que tudo moviam.

Pairam as mentiras, borbulham as decepções.

De olhares amistoso e tímidos, ficam as súplicas veladas,
Das feridas que vazam entristecidas, ficam os ressentimentos de suas causas.

Daqui de onde vejo passam nuvens
Passam pássaros que há muito não são os mesmos.
Passam as mágoas e ficam as unhas encardidas e o cabelo desgrenhado.

A janela continua aberta, mas não há porque saltá-la.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Doe seu Dinheiro pra Mim!

Olá Pessoal!

Aproveitando o momento de união e solidariedade financeira já tão comprovadas (e comprovando) via blogues do acusados do Mensalão (ou AP-470, como preferirem), venho a vocês pedir gentilmente que me doem o seu dinheiro!

Isso mesmo, estou pedindo que me deem o seu dinheiro; vejam, não estou pedindo TODO o dinheiro de vocês, apenas uma parte que vocês achem justa.

Com esta doação, vocês estarão realizando sonhos (meus é claro) e fazendo pessoas felizes (minha família), além de poderem deduzir do imposto de renda.

Sei que esta é uma relação de confiança, assim como confio na doação de vocês quero demonstrar a transparência da minha parte. Por isso, listo abaixo os principais investimentos que farei com dinheiro que receberei de vocês:




Habitação


 Transporte


 Laser



Alimentação








Doem-me o seu dinheiro! É um simples gesto de solidariedade que representa muito para mim!

Obrigado!


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Como Galinhas

Dia após dia,
Curva após curva,
Fechada após fechada,
Cada vez mais [nunca menos, nem igual]

Temos seguido alheios à nossa pluralidade
Vivenciando apenas a unicidade própria
De vontades e desejos
Sem rumos, para todos os caminhos.

Nos atropelamos,
Nos sobrepomos,
Nos enfartamos,
Nos matamos,
Feitos galinhas.

Tempos áureos aqueles em que éramos apenas gado,
Tangido apertado, mascando amarguras,
Juntos.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Corneteiro


Você está ficou sabendo das últimas notícias de 1ª a 5ª categorias?  Não? Fique tranquilo, "O Corneteiro" te conta...


"O Corneteiro" é um agregador de notícias que é publicado em forma de um jornal eletrônico que eu administro. Ele consolida diversas fontes de informações de vários tipos, incluindo, principalmente, o meu twitter. Quem publica no meu twitter, com certeza será selecionado nas edições de "O Corneteiro".


Este é um experimento que estou fazendo e convido vocês a conhecerem. "O Corneteiro" é publicado uma vez ao dia com as melhores e piores notícias no momento. Esta publicação é feita na própria página do jornal e no twitter. Diversos amigos já foram referenciados e estão aumentando o alcance dos seus tweets.

Conheça "O Corneteiro", siga, divulgue, participe!


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Terra Abatida

Nestes tempos de corações áridos e sentimentos mesquinhos,
Tenho colhido migalhas de sorrisos minguados e olhares esperançosos.
Assim, as faço gargalhadas e sigo tocando sem definhar,
Apenas com os pés empoeirados.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Começamos o Ano Bem!

Em julho de 2008, publiquei no Desce Mais Uma! a poesia "Homem Boneco". Este foi o segundo texto que escrevi e não quis jogar fora após concluí-lo.
Apesar de ser um dos primeiros, este texto é bastante curioso, pois, me rendeu alguns momentos muito importantes.

O primeiro deles foi a publicação na revista italiana Multipoesia, sob o título traduzido "Uomo-fantoccio". Uma revista que tem mais cara de um livro com uma edição bastante sofisticada, com ilustrações muito bacanas (vale conferir). Foi minha primeira publicação física e que aconteceu depois de muitos "nãos" aqui na nossa terrinha.

O segundo, que foi uma consequência da parceria com a Multipoesia, foi o vídeo "Inconsistências", que fiz para o LiveStream da Multipoesia, que tem muito a ver com o que se passava naquele época.

O terceiro, veio esta semana (quase seis anos depois) pela publicação da editora italiana StampaLibri, em sua área de autores "Area Libro". Participei da primeira edição do livro coletivo de autores estrangeiros "Le Storie di AreaLibro" e agora estou tentando participar também da segunda edição. Neste meio tempo, eles publicaram "Homem Boneco/Uomo fantoccio" novamente!

Este caminho da literatura, ao qual eu tenho me dedicado tanto, é muito difícil e tortuoso e, por isso, esta é uma grande conquista para mim que compartilho com vocês que sempre me acompanham por aqui.

Começamos o ano bem! Vou continuar fazendo mais que o possível para que haja ainda mais "Grandes Momentos".

Abraços e ótimo 2014 para nós,

Rafael