Com um festival de cores intensas
Pinceladas por todo horizonte,
Ludibria-me o sol ofuscante
Enquanto desce ligeiro.
Abandona-me, covarde,
Em seu calor sufocante,
Que atordoa minha cabeça
E enfraquece meu corpo.
Faminta vem a boca da noite,
Engolindo o céu limpo e colorido.
Ele já se foi,
Estrelas salpicam-se.
Corre a última gota de suor.
Meu corpo se acalma,
O coração acelera apertado,
A vista descansa.
Luzes se acendem,
Ruas se desenham,
Vidas se revelam
Por janelas entreabertas.
O céu negro perdeu,
Agora é alaranjado.
As estrelas fugiram.
A cidade ainda está viva.
Aqui ainda está escuro,
Ainda está vazio,
Ainda está incerto.
A noite será longa e quente,
A cama desconfortável
E o barulho insuportável.
Talvez venha um sono leve,
Talvez a exaustão,
Ou quem sabe, a definição.
Tomara que venha o clarão!
parabens Rafael.Amei sua poesia. quando fala na boca da noite, lembrei-me de quando morava no sitio e ficava vigiando todas as estrelas que iam aparecendo no céu. Quanta emoção! beijos Beth Faria
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