segunda-feira, 22 de março de 2010

O Alívio do Fim

Era um calmo fim de tarde de outono
De céu alaranjado e brisa gélida a entrar pela janela.
Ela tinha as têmporas banhadas pelo suor nervoso,
Mas só percebeu ao acomodar o cano.

Com toda a força do polegar deslizante, arrastou o cão raivoso até a posição de ataque.
O tambor girou como em um sorteio e ela assustou com o estrondo do encaixe.

Assentou cuidadosamente o indicador trêmulo e desajeitado,
Despejando toda delicadeza que pôde para retardar o tempo.

De lábios mordidos e olhos apertados,
Encheu os pulmões de vida e a segurou para si.
Usou tudo de si contra o corpo rígido e instigou o cão sedento.

O tempo freou e garantiu que toda sua vida, aos detalhes, fosse a penúltima trajetória a lhe passar pela cabeça.
E ao confrontar-se com suas alegrias, seus amores, seus sonhos, suas angústias, suas dores, seus medos e seus desesperos,
Com lágrimas a rolar, riu timidamente um riso liberto e aprovador.

Quando o cão, enfim, alcançara sua presa, tudo já estava pronto e nada mais havia a ser feito.
Apenas desmoronou-se, aliviada, em um punhado de história desorganizado que ainda cheirava a tristeza, e tinha um sorriso de canto.

61 comentários:

  1. Nossa, prendi a respiração até o fim.
    De um realismo assustador.
    Mas ao mesmo tempo, belo.

    Gostei por demais.

    =)

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  2. Olá Ana!!

    Sério? que bom que deu o realismo...o "assustador" faz parte..rsrrs

    Fico muuuito contente que tenha gostado!!

    Bjo

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  3. Assustador mesmo...
    Mas comovente...Tocante...Perturbador também.
    Muito bom!
    Bj

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  4. Olá Gueixa!

    Acho muito bacana quando acontecem essas reações/sensações...

    Com certeza é perturbador...que bom que tenha gostado..

    Beijos!!

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  5. AHsuhasu... eu gosto de viajar nas coisas q escreve, estou rindo disso. Se não houvesse cão seria alguem contando como foi seu nascimento, mas o cão dá a entender o oposto, estou confuso rs. Abraçao! (vou pensar mais)

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  6. Grande Renato...huahau...bom saber dessas suas viagens..em cima das minhas...rsrsr

    Mas nesse caso, o cão é aquele do revólver, que dispara à bala! rsrrs

    Não sei se clareei ou atrapalhei a viagem..

    []s

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  7. Estou com medo de soltar a respiração. Será que é seguro mesmo?

    Adorei!;*

    Estefani

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  8. Agora pode, Estefani...já passou!! rsrrsrs

    Que bom que gostou!!

    Bjo

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  9. ...você escreve com um misto
    de real e ao mesmo tempo
    poético.

    é lindo.
    é dom.

    adorei sua visita...

    deixo beijos!

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  10. Olá Vivian!!

    Nossa...isso é quebrar as pernas...muito bacana essa sua descrição..gostei mesmo!!

    Também gostei muito da sua visita!!

    Muitos beijos..

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  11. Acho que eu escolheria um a picada de cobra, que medo desse cão eu senti. Talvez esse segundo onde a vida retorna a mente seria maior, nossa , será que vem a mente as coisas melhores ou as piores, acho que vem tudo, como um furacão desvairado, mas depois tudo é paz.

    Beijos
    Cris.

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  12. Oi Tia!!

    É...esse cão é muito rápido...a vantagem que não há muita espera..rápido e preciso! rsrs

    Também acho que vem esse furacão e fica a paz..mesmo que por instantes....

    Beijos...

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  13. Belíssimo conto, Rafael.
    Vislumbra-se a riquezas dos detalhes, a atenção do leitor, os sentimentos nas entrelinhas e nos dá um sabor do lúdico e do real, em perfeita sincronia.

    Parabéns pela ousadia.
    Obrigada pela visita e pelos comentários.
    Tua qualidade me faz segui-lo,

    Meu carinho, bjs

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  14. olá amigo

    sou muito feliz quero agradecer
    sua visita e seu comentario.

    vou ter saudades de todas/os em aril e maio vou fazer uma pausa
    mas voltarei com força.

    gostei de vir aqui
    amo as letras

    abraço fraterno!!

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  15. Olá Laurinha!!

    Que bom que gostou!! E que descrição que você me deu, eu nem sabia que tinha feito isso tudo!!

    Gostei muito...muito obrigado mesmo!!

    Beijos!!

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  16. Olá Bráulio!!

    Eu também agradeço sua visita por aqui. Tenha um bom descanço e dê um "oi" ao retornar!

    Abraço,

    Rafael

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  17. A vida para muitos é o jogo da roleta russa,em que só mesmo essa os liberta,pena tê-lo concretizado. A vida é demasiado bela para ser
    desperdiçada,mas por momentos quem sabe!!!
    texto ricamente descritivo
    sentimos a sua presença e o seu desespero
    abraço

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  18. Olá Anabela!!

    Esse é um tema que me chama a atenção pelo incômodo que sinto ao imaginar o grau de desespero que uma pessoa chega para apertar o gatilho e liberar o cão...chega a me dar calafrio! Assim, vez ou outra, escrevo sobre isso...

    Que bom que passou por aqui...sempre uma ótima visita..

    Abraço..

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  19. até eu fiquei aliviado.

    é isso.
    abraço
    boa terça
    e Feliz dia do bumbum de fruta.
    sim....
    é de um gay q eu estou falando..
    kkkkkkk

    droga*essa foi horrível*

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  20. Rafael,

    Me depara com um escritor menino..desses de livro que nos prendema cada linha, que nos fa querer desvendar as entrelinhas de cada sentir...suicidio esse o escrever né... morrer no papel pra depois se ver renascer, e são tantas as vidas que podemos ter.

    Sorriso de canto e um olhar que tb sorri ...para ti.

    Quero poder voltar mais vezes aqui, menino!

    Bjos

    Erikah

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  21. Bemmmmmm..como não poderia deixar de ser , estou a te seguir.

    Bjos

    Eriksh

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  22. hauahua....até vc Deni? Que bom!!

    boa terça pra vc tb...e que isso ficou estranho, ficou! hahahaha

    Abraço!!!

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  23. Olá Erika!

    Seja bem-vinda!!

    Fico muito contente com seu comentário. Cada vez me deparo com descrições diferentes e que só me ajudam a descobrir meu trabalho!

    Volte quantas vezes quiser...fique à vontade por aqui...

    Beijos e obrigado por seguir e pelo "menino"!!

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  24. Passei para agradecer sua visita e apreciação simpáticas e, "PUM!"... dou por mim a apreciar um trabalho bem elaborado, poético, sem dúvida, envolvente até ao "fim": "... e tinha um sorriso de canto." Voltarei, prometo e fico a segui-lo.
    Parabéns e abraços

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  25. UAU!!! Sem palavras.
    Descrição perfeita, Rafael. E num momento tão trágico e assustado, você ainda conseguiu arrancar alguma poesia.

    Fantástico!

    Abraços

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  26. Grande texto, com muita qualidade, bem escrito!!!

    Beijinhos,
    Ana Martins

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  27. Nossa, que medo! A sua heroína nao vacilou, foi até o fim, que pena. Não sei por que, pensei na Leila Lopes.
    Quero agradecer a sua leitura no meu humilde Jardim, fiquei muito feliz em ser lida por vc, acredite! Eu estava com medo que o conto tivesse ficado meloso e feminino demais, mas acho que não exagerei, certo?
    Vou ler sempre seu blog, Rafael.

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  28. Olha eu aqui, Rafael, agora de leitor! Rapaz, vc mandou muito bem! Gostei muito!

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  29. Muito belo seu texto,viajei nele até ao fim.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  30. Olá Quicas!!

    Fico muito grato pela visita e imensamente feliz com seu comentário...muito obrigado mesmo e volte sempre que quiser, pois é muito bem-vindo!!

    Obrigado e grande abraço!!

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  31. Aeee Daniel, quebra minhas pernas mesmo!! hehehe...que bom que gostou cara...é um tema que gosto de explorar, vez ou outra!

    Abração!!

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  32. Olá Ana!!

    Muito obrigado...agradeço muito mesmo!

    Beijinhos!!

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  33. De maneira alguma, Maria!! Achei que o conto ficou na medida!

    É..ela foi até o fim sim, e se aliviou...acho triste esse tipo de coisa. Mas não tinha pensado na Leila Lopes, mas agora que você disse, faz todo sentido!

    Eu que agradeço sua visita por aqui...volte sempre mesmo: é muito bem-vinda!!

    Beijos..

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  34. Aeee Marcão!! Bom você por aqui...e que bom que gostou!!

    Grande abraço!!

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  35. Olá Sonhadora!!

    Eu estou viajando nele até agora...rsrs...que bom que gostou!!

    Beijosss

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  36. Um texto um pouco assustador, bem escrito e com um final feliz.
    Gostei!
    Obrigado pela visita e comentário no Mundo Colorido.

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  37. Oi Canduxa!!!

    Eu que agradeço a visita...e é bom saber que agradou e assustou...rsrs

    Beijo...

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  38. Sabe Rafa, acredito que isso torna-se muito da realidade do mundo! Pessoas olham para o seu próximo como algo que podem destruir em um simples ataque(por palavras ou gestos) e assim verificamos que os valores, virtudes se foram com o tempo e com os sentimentos, estes deixaram de lado, para os valores materiais tornarem mais importantes! E que nossas ações tragam vida e não destruam as poucas vidas que nos restam!
    Um abraço Rafa! Bela postagem!

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  39. Oi Ju!!

    Torna-se sim...basta olharmos para os jornais com atenção e forçar os olhos a não pular para próxima notícia.

    Acho que é bem o que vc diz, há uma busca selvagem pela satisfação material que atropela a tudo e a todos - sim, até si próprio. E os que sentem alguma coisa e que tentam viver realmente a vida, acabam rotulados e até ridicularizados!

    A caminhada é dura, mas o propósito e os frutos compensadores...

    Abraço!

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  40. Oi rafael, AH fiquei feliz q vc comentou no meu blog...e melhor que gostou da minha pseudo-literatura! =)

    eu amei o seu blog vou comecar a seguir =)

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  41. Bom texto, deu um pouco de pânico, mas depois o alívio.

    BeijooO'

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  42. Olá Angélica!!

    Seja bem-vinda por aqui...também agredeço sua visita e fico contente que tenha gostado!!

    Beijos....

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  43. Morte bonita de morrer. Com gosto de tristeza e poesia. Me deixou um sorriso de canto ler tanta dor de maneira tão leve e delicada, com letras de quem preza as escolhas e respeita os caminhos.

    Obrigada pelo carinho no meu canto. Receba o meu.

    Beijoca

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  44. Que maravilha de texto!

    "Cheirava a tristeza, e tinha um sorriso de canto."

    Isso foi tão.. tão..


    Maravilhoso!


    (Não consigo tecer um comentário à altura. Volto depois. rs)

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  45. Grande Rafael! Tem selo para ti em http://brindesofertas.blogspot.com/
    Grande abraço.

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  46. Oi Sylvia!!

    Dói mesmo, concordo com vc...fico contente que tenha gostado!

    Obrigado pela visita!!

    Beijos...

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  47. Oi Priscila!!

    Nossa...vc não sabe o quão foi com esse seu comentário!!!

    Beijo...

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  48. Graaande, Manu!!

    Muito obrigado...mais tarde vou publicar!

    Abraço!!

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  49. Interessante e assustador.
    Valeu pelo comentário.
    :)

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  50. "Com lágrimas a rolar, riu timidamente um riso liberto e aprovador."

    Sentir-se liberto é uma das maiores e melhores sensações - o melhor ponto da poesia.

    Um abraço.
    Obrigada por me visitar.

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  51. Com certeza, Erica...nada fácil de se obter, mas ótimo de viver!!

    Obrigado e abraço...

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  52. tristeza com un sorriso :)
    adoro qndo iso acontece

    bejos

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  53. Assim é melhor né, Camila?

    Apesar de tantas dores, algo é aliviado!

    Obrigado pela visita...

    Beijos

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  54. Também quero sorrir ao ver o filme da minha vida... :)

    E Rafa, você sabe que não pode fazer analogia de cano, morte com cão... pelo menos para mim...hehe! (Seu cachorro).

    Beijos

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  55. Oi Eriquinha!!

    Espero que veja esse filme em uma situação melhor...rsrs

    hauhauhaua....nao teve jeito...tive que falar do cão...dá um descontinho dessa vez? rsrs

    Beijos....

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  56. Oi Valéria!!

    Me desculpe, mas só agora notei seu comentário para ser moderado...não vi o e-mail com ele...

    Mas que bom que gostou...gostei de saber disso e de suas sensações!!

    Beijo!

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  57. Lindo texto, amigo!
    Uma analogia perfeita que nos prende da primeira a última palavra!
    Abraço, Robson.

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  58. Olá Robson!!

    Muito obrigado, fico contente que tenha gostado!! Bom saber que desperta essas sensações!!

    Grande abraço...

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  59. "Que ainda cheirava a tristeza", foda isso. Não consigo me prolongar.

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  60. hauahua....grande Tiago...boa, bacana ter passado por aqui!!

    Seja bem-vindo!!

    []s

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