Ontem, ao sair do metrô, no caminho de volta do trabalho para casa, fui ao mercadinho de bairro para comprar pó de café – desses mercadinhos que lembram os antigos armazéns, as “vendas” e que são rapidamente engolidos pelos grandes supermercados de rede. Justamente pela falta de opções, peguei um pacote de pó de café menor do que costumo comprar, já que era de um tipo que até me agrada, mas não era o meu preferido.
Apenas com o pacote de pó de café à mão, fui ao caixa pagar minha conta e ir logo para casa. A hora era avançada e já estava esfriando. Ao me aproximar, mapeei os demais clientes e me posicionei onde pensei ser o fim de uma das filas, bem ao lado de um cliente indeciso que estava plantado entre os dois caixas sem saber o que fazer, apenas esperando que o dissessem. Seria minha vez, mas, enquanto aguardava o cliente que empacotava suas compras já pagas, a “moça do caixa” pediu que outro cliente, também indeciso, passasse à diante dos demais. A forma delicada e gentil que a “moça do caixa” fez o pedido denunciou que se tratava de um atendimento preferencial. Abri espaço e aguardei. Não tão logo, passou por mim uma senhora de idade muito avançada, andando com dificuldades e deixando um cheiro forte e nauseante, semelhante àqueles que se sente debaixo dos viadutos, mas em uma intensidade menor.
A senhora era baixa, não apenas por ser tão arqueada, mas por sua natureza. Suas roupas eram farrapos encardidos e fedidos, amarrados e enroscados uns aos outros. Suas pernas tinham as juntas rijas e estavam cobertas por grosseiras meias velhas, terminando em sapatinhos pretos e furados, daqueles típicos das vovozinhas. Na cabeça, usava um lenço que provavelmente um dia teve cores e formas definidas e que cobria longos cabelos aglomerados e completamente brancos pela natureza e amarelados pela situação. As unhas eram enormes e causavam um aspecto assustador. Aos braços e pescoço, sacolas e trapos estavam dependurados carregando tudo aquilo que, provavelmente, ela definiria como seu patrimônio. A imagem dela me lembrou muito daquelas senhoras russas que, depois da queda, passavam os dias em longas filas frias para ganhar um prato de sopa, e me lembrou também que já a tinha visto pelas redondezas, principalmente jantando, a altas horas da noite, na padaria na saída do metrô, onde costumo parar para um último lambisco após longas noites de diversão.
À “moça do caixa” a senhora entregou, com o braço atrofiado, um saquinho com uma única maçã vermelha, a qual foi pesada e precificada a R$ 1,28. O anúncio do valor deve ter retumbado nos ouvidos da senhora que se pôs a vasculhar freneticamente cada farrapo, cada vão, e a esvaziar cada sacola em busca dos R$ 1,28, enquanto praguejava – sem ofensas ou aspereza – contra a situação que se encontrava. Vendo que a situação se prolongaria, a “moça do caixa” fez um sinal com a cabeça e pediu que eu passasse à frente. Entreguei meu pacote de pó de café e ela me informou o valor. Paguei-o junto com a maçã e tentei me agilizar, mas foi inevitável presenciar o anúncio feito pausadamente pela “moça do caixa” à senhora: “O moço está pagando a maçã da senhora”. Peguei meu saquinho com o pacote de pó de café e tentei me virar e sair o mais rápido possível, mas a senhora já se dirigia a mim rogando em voz alta pela minha saúde e fortuna, agradecendo aos santos pela minha ajuda e coisas do tipo. Virei-me para ela a fim de receber e permitir seu agradecimento, mas não sei bem o que resmunguei engasgado e saí a caminho de casa.
É fato que esse não é um caso isolado nem único, mas fico aqui, hoje, com meu café do tipo que até me agrada, mas não é o meu preferido, pensando em tudo isso: passar por uma vida inteira, com tantas coisas, tantos acontecimentos, tantos infortúnios, tantas alegrias, tantos momentos – cujos adjetivos não vêm ao caso – e ter que sobreviver sozinha em um mundo em que apenas lutar não é suficiente, nem mesmo permitido, e ter que se esgueirar por tantos eventos, por tantas dificultadas, por tantas variáveis e improbabilidades para simplesmente conseguir um jantar sem nenhum sabor de dignidade, mas que, ao menos, permita que o dia seguinte aconteça: uma maçã a R$ 1,28.
Você fez exatamente o que eu faria. Aliás, lendo o conto eu já torcia para que você fizese isso.
ResponderExcluirÉ deprimente deparar com tal situação, mas ela existe né Rafa, mas lembre-se sempre de que Deus capacita os escolhidos e de uma forma ou de outra os pequenos vão sobrevivendo até que sejam recompensandos por tudo.
Grande beijo.
Cris.
Oi Tia!!
ResponderExcluirÉ...não daria pra ser diferente, pelo menos não daria para ficar sem reação diante tudo isso, mas é muito triste mesmo...e vc tem razão, de alguma forma estão capacitados...
Beijão, tia!!
Parabéns Rafael !!!
ResponderExcluirAdoro te ler!!!
Mil beijos !!!!!
Rafael, a nua e crua faceta do dia a dia, né? Como não ser tocado por isso? E pior, o que se faz ao ser tocado? Vamos fazendo o que nossas mãos alcançam ou o que apazigua nossa consciência
ResponderExcluirgostei muito da crônica, belo olhar sobre o cotidiano.
um abraço
Nós, que tivemos oportunidade de nos tornarmos homens e mulheres dignos, não poderíamos fazer diferente do que vc fez Rafa..
ResponderExcluiraquela pobre senhora..ou melhor, senhora pobre, poderia ter sido uma executiva, médica..não lhe foi dada a chance..
um dia saberemos o por quê de tudo isso meu amigo..um dia..
bjs.Sol
(nos surpreendendo como sempre..rs)
Olá Lila!!
ResponderExcluirMuuuuito obrigado...fico muito contente..Beijos!!
Oi Andrea!!
ResponderExcluirRealmente é apenas uma "faceta"...também não vejo como não ser tocado e, confesso, nem sei o que fazer direito...mas como vc disse, vamos fazendo o que dá no momento...mas algo mais é necessário.
Fico contente que tenha gostado!
[]s
Oi Sol!!
ResponderExcluirÉ isso mesmo que fico pensando: o que será que já se passou naquela vida, mas o duro é ponto que chegou!
Bjos Sol...fico contente que tenha surpreendido...é muito gratificante!
Deus nós dá alguns obstáculos.
ResponderExcluirMas cria anjos.
Você foi um anjo. Um anjo para essa mulher, naquele dia pelo menos.
Oi Penélope!
ResponderExcluirNão sei...acho que foi muito pouco ainda...não sei...só sei que é triste...
[]s
Sabe um dia fiz um texto me referindo a um Senhor com roupas tb velhas, sujas, ele chegou, encostou perto de uma arvore e se pôs a saborear juntamente com um cão, mangas que retirou de sua sacola(digo saborear pq devia ser o seu almoço, lanche e jantar), vendo aquela situação, passei a refletir sobre a vida e fiz esse texto, quando ele terminou de comer as mangas, juntou as cascas, colocou novamente na sacola, e já havia tb repartido as frutas com seu animal, e procurou um lixo próximo e as jogou. Não me lembro, mais acho que tomou uma água que tinha em um frasco amarrado na bicicleta dividiu com seu amigo e se foi; alguns minutos que me mostraram tanto, que quis repartir com vc pelo seu texto!
ResponderExcluirUm abraço Rafa!
Rafa, somos milionários, meu amigo. Fizemos faculdade, somos 'letrados', escrevemos e ainda temos o luxo de tomar um café na Kopenhagen...
ResponderExcluirDoeu em mim, esta maçã!
Beijos
Excelente Ju, e é bem isso...momentos curtos, mas marcantes...e veja, no seu caso, mesmo tendo apenas caroços, o lixo foi cuidado e seu amigo verdadeiramente teve sua parte...e, infelizmente, isso é tão raro!
ResponderExcluirAbraço..
Oi Eri!!
ResponderExcluirSomos sim...e muito! E ainda reclamamos deste café também!
É...essa maçã desceu torta...
Beijos..
Pois é, Rafael... Essa realidade é realmente triste. Eu li o seu texto e lembrei de uma cena que vi recentemente pela janela de um ônibus: um homem revirava sacos de lixo próximo a Av. Senador Feijó, aqui em Santos.
ResponderExcluirO homem abria os sacos e colocava as mãos dentro até que encontrou algo, pegou, e saiu comendo. Ver aquilo acabou com o meu dia e desde então aquela imagem volta a minha cabeça para me lembrar que eu não tenho do que reclamar.
Um abraço!
Pois é, Rafael... Essa realidade é realmente triste. Eu li o seu texto e lembrei de uma cena que vi recentemente pela janela de um ônibus: um homem revirava sacos de lixo próximo a Av. Senador Feijó, aqui em Santos.
ResponderExcluirO homem abria os sacos e colocava as mãos dentro até que encontrou algo, pegou, e saiu comendo. Ver aquilo acabou com o meu dia e desde então aquela imagem volta a minha cabeça para me lembrar que eu não tenho do que reclamar.
Um abraço!
Vim deixar um abraço e agradecer a visita.
ResponderExcluirParabéns pelo espaço!
Abraços,
Lou
* refiro-me à postagem que efetuei n'O Gato da Odete. ;)
ResponderExcluirRafaeeeeeel
ResponderExcluirem que momento na vida vc mudou e eu nem percebi???
não me lembro desse cara que gosta de escrever e tem tamanha sensibilidade para as questões do cotidiano. hehehhe!
Me lembro daquele menino que tinha o "Club of Science" ou ainda daquele cara que ouvia Lemon do U2 voltando da escola e que não me deixava sentar na janelinha (hehehe).
Adorei muito o seu post. Parabéns pelo que vc escreveu e pelo q vc fez!
Beijos!
Grande Danny Boy!!
ResponderExcluirÉ sim...muito triste..e muuuito comum!! E todos nós vemos isso toda hora, todos os dias em todos os lugares. Mas algumas vezes nos saltam aos olhos, outras nos contorcem e outras, infelizmente, apenas partes da paisagem.
Também acho que não devemos nivelar por baixo, não podemos nos contentar com o que temos pq outros têm menos, mas usar o que temos para, pelo menos, evitar que outros percam tanto...não sei, minha forma de ver..acho que isso leva um pouquinho para frente...
Grande abraço, meu velho!
Oi Lou!!
ResponderExcluirEu que agradeço...e está registrada a referência!
[]s
Lenitssss!!!
ResponderExcluirCaramba...qdo que vou encontrar com vc, hein??
Qto a mim, eu não mudei não...continuo ouvindo U2, gostando de coisas "científicas" (e sempre lembrando do nosso club) e, se vc andar de carro comigo, vc NÃO vai na janelinha!! hahahaha....eu apenas desenvolvi mais um lado, o resto continua mesma porcaria!! kkkkk
Que bom que vc gostou...fico muito contente mesmo!!
Vamos nos ver!
Beijos!!
Não importa o preço da dignidade, ele sempre parece maior do que se pode pagar.
ResponderExcluirBom texto! Abraço.
Olá Lara!!
ResponderExcluirÉ...tudo tem um preço...tem razão...
Obrigado pela visita!
Uma composição bela e lógica. Apesar de viver muito, aos poucos vamos aprendendo um pouco mais sobre o comportamento humano. Parabéns! Escreva Sempre!
ResponderExcluirUma dessas histórias que se repetem há tanto tempo, mas nunca deixam de ser tristes e constrangedoras. Só mesmo a generosidade e a compreensão resolvem nessas horas.
ResponderExcluirObrigada pela visita lá no Inscrições. Foi muito bom vir aqui e conhecer seu blog.
Abraço grande.
Olá Machado!!
ResponderExcluirObrigado pela visita..fico contente que tenha gostado...e sim, escreverei sim!!
Abraço!!
Olá Dade!!
ResponderExcluirEu que agradeço sua visita por aqui e fico contente que tenha gostado do que encontrou por aqui...Seja bem-vinda!
[]ss
Me emocionei...
ResponderExcluirAs vezes a vida nos faz ver as coisas depressa demais.
Um fato assim,é realmente pra fazer pensar...
Linda tua atitude!
Abraço!
Rafael,
ResponderExcluirLi sua crônica com olhos de publicitária. A cada passo seu formava-se uma anotação prestes a chegar a um insight! Teve um dia que até li um artigo cujo título é: “Muitas opções fazem você decidir não decidir”.
No mais, enquanto você tinha o poder de escolha em suas mãos, a velhinha mal tinha o dinheiro para suprir sua própria necessidade... Você foi a salvação no final.
Bjuxxx e xerooo querido
Oi Patty!!
ResponderExcluirÉ difícil mesmo, não é? Fica martelando na cabeça da gente.
Abraço...
Oi Juliana!!
ResponderExcluirGostei de saber que leu minha crônica com esses "olhos", não tinha recebido nenhuma análise desta forma e gostei de saber!
É realmente isso, uns com escolhas, outros sem o mínimo...gostei!
Beijos e obrigado!!
Boas acções como a sua são raríssimas.
ResponderExcluirAbraço, caro amigo.
Olá Nilson!
ResponderExcluirMinha ação em si foi inevitável e natural...concordo que há muito descaso, mas há muito mais antes disso tudo acontecer...foi triste! Ainda me pego pensando: o que será que ela comeu ontem?
Abraço!!
Gostei muito do conto...
ResponderExcluirÉ raro encontrarmos o cotidiano tão bem representado...
abraço meu caro e agradecido pelas visitas ao Rembrandt
http://olhardosultao.blogspot.com/ uma breve visão de mundo
ResponderExcluirOlá Juan!!
ResponderExcluirObrigado...fico contente que tenha gostado e agradeço a visita!1
[]ss
Divulgado, Felipe!!
ResponderExcluirOlá, Rafael!
ResponderExcluirVim conhecer o seu blog e fiquei encantada com os seus escritos!
Virei sempre...
Abraço
Olá Zélia!!
ResponderExcluirQue bom que gostou, seja bem-vinda e volte sempre mesmo!
[]ss
Rafael, belo conto.
ResponderExcluirProfundo e singular.
Uma fotografia profundamente descritiva, que causou um viver, mesmo sem naquele instante estar acolá.
na vida tem dessas coisas, apenas mostraste um momento, nos levando a pensar quantos momentos iguais ou pior que este.
Quisera todas as maçãs do mundo fossem pagas, alimentando as dores que jazem sem ter nada pra comer.
Mas sempre haverá um coração como o teu, fazendo as vezes, quando braços aflitos, mesmo calados imploram ajuda.
Um grande beijo
e feliz fim de semana
Livinha
E nós ainda temos coragem de reclamar da vida!
ResponderExcluirSe cada um fizesse um pouquinho pelo outro as coisas poderiam ser diferentes.
Um abraço.
Que triste, me emocionei. E é isso que vemos todos os dias, mas que alguns fingem que não vê.
ResponderExcluirOlá Livinhha!!
ResponderExcluirIsso que é triste..não é um caso isolado e, com certeza, longe dos piores. Mas é muito ruim ver uma senhora, depois de uma longa vida viver nestas condições.
Mas fico contente que tenha gostado.
Beijo e ótimo fim de semana!
Olá Sônia!
ResponderExcluirCom medida, podemos reclamar sim, de uma forma sadia que nos impulsione a conquistar e a fazer mais...não podemos nivelar e nos conformar...
Abraço!
Olá Dayane!
ResponderExcluirSim..todos os dias em todos os lugares...é que não ver (mesmo fingindo) é mais fácil..coisas do ser humano..
[]s
Caba,
ResponderExcluirmuito bom ter você lá no Equador das Coisas. Que possamos construir uma amizade boa em versos e prosas.
Sigamos...
Abraço forte.
Que assim seja, N. 05! rsrs
ResponderExcluir[]ss
Adorei teu blog!
ResponderExcluirGosto de conhecer pessoas inteligentes.
Já estou te seguindo ...
Se puder visita meu cantinho tb, que é feito com muito carinho.
Bjs doces!
*´¨)
¸.·´¸.·*´¨) ¸.·*¨)
(¸.·´ (¸.·` *♥ Jussara Christina ♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥*♥
Olá Jussara!!
ResponderExcluirQue bom que gostou...fico muito contente...e muito grato pelo elogio...lhe visitarei sim!!
Beijos e seja bem-vinda!
Sim! cenas que se tornaram comuns nas cidades, mas que o olhar deve sempre estar atento, pois nada disso deve ser tão comum!
ResponderExcluirUm prazer conhecer seu blog, Rafael!
Abraços.
Jefferson.
Olá Jefferson!
ResponderExcluirIsso que é ruim, não é? Mas é realmente é comum..cada vez mais...
Obrigado pela visita e fico contente que tenha gostado...seja bem-vindo e volte sempre!
[]ss
Li, gostei, não da situação, gostei da sua reação. Porém não me surpriendi. te conheço.
ResponderExcluirUm beijo.
Aeee Moreno!! Bom te ver por aqui!!
ResponderExcluirValeu pelo comentário...e como vc me conhece!! rsrs
Beijo!!
Claro que vc fez o que a grande maioria faria, Rafael, exceto, talvez, alongar-se em pensamentos sobre a situação - vivência dela, dignidade humana - ou considerar se alimentou-se dia seguinte...isto faz a diferença. E se for bem escrito, melhor...gostei!
ResponderExcluirAbraço!
Olá Denise!
ResponderExcluirConcordo com você: o grande ponto desta crônica não é o que fiz (nem queria ter deixado isso tão claro), mas a situação toda em si. Tem razão, o pensamento se prolongou e muito...tive que escrever...arrancar de mim!!
Abraço!!
Rafa, louvável sua atitude. Tenho certeza que o tamanho do seu coração não se resume a R$ 1,28.
ResponderExcluirGrande Abraço.
Sandrão
Fala Sandrão!!
ResponderExcluirÉ, mas é complicado isso, né?
Grande abraço!!
Rafael... deixa te dizer que sinto muita pena, compaixão, estranheza, nem sei que adjetivo usar, quando vejo pessoas assim, velhas, tendo vivido a vida, que a gente sabe que não é fácil e ainda ter que, em idade avançada, ter que mendigar...
ResponderExcluirQuerido, que bom que essaa crônica foi publicada para um grande público, é uma mensagem que as pessoas precisam ouvir.
Concordo e muito, Walkyria!!
ResponderExcluirIsso tudo bem depois de uma longa vida? Uns dizem que há merecimento, outros esquecimentos divinos...digo que não importa, é triste e cruel e pronto!
Também fiquei muito contente com essa publicação de um fato tão real!
[]s
Olá...isso tbm já me aconteceu...mas por menos...alias bem menos...por causa de miseros $0,5...isso msm 5 centavos uma caixa de supermercado não deixou uma senhora levar seu pão pra casa...o argumento dela: "senhora meu caixa já esta estourado,se eu deixar vou ter que colocar do meu bolso..."
ResponderExcluirBjks doce no ♥.
Olá Andreza!
ResponderExcluirE quando é o inverso pode, né? A caixa pode dizer "posso ficar devendo 5 centavinhos?" ou "posso dar o troco em balas?"...cada um só olha o próprio lado..sempre!
Beijos e obrigado pela visita!
Eu sempre me pergunto o que pessoas assim fizeram para terminar desse jeito! Onde elas erraram...
ResponderExcluirProvavelmente faria o mesmo que vc, mas na minha humilde opinião, não fazemos pela outra pessoa e sim, para nos sentirmos melhores, mesmo porque isso não vai resolver o problema dela!!!
Texto muito bem escrito, com uma bela reflexão, gostei muito.
bjs
Oi Salete!
ResponderExcluirÉ...essa pergunta também fica na minha cabeça...foi tão grave o erro assim?
Concordo com você e não abro: fazemos isso realmente pela nossa consciência, para não ter que lutar contra ela pela omissão e nem por deixar de ajudar com algo que seria pouco para nós. Pois, mesmo enquanto fazendo, não se perde a certeza de não estar resolvendo o problema, e sim apagando um pequeno incêncio.
Que bom que gostou!!
Beijos...
Por esses dias ando meio sem tempo de passar por aqui e como senti saudades estou a ler vários pedacinhos, gosto muito, a respeito deste texto creio que não se têm muito o que falar, só o que sentir, e eu tenho um imenso prazer de ter um amigo como vc!
ResponderExcluirMuitos beijinhos Rafael
Ju, vejo mesmo que tem andado por aquio e fico muito contente com isso...havia tempos que não nos encontrávamos...gostei de ter vc de volta...
ResponderExcluirMuitos beijinhos...