Há algum tempo, não muito, num sábado, minha mãe veio a São Paulo com amigas de trabalho, professoras, em uma excursão à região da Rua 25 de março, para as tradicionais compras populares. Aproveitamos a oportunidade para nos vermos e marcamos um encontro, após as compras é claro, no Mercado Municipal, para um saboroso e gordo lanche de mortadela.
Considerando o trânsito, peguei meu carro e me pus a caminho de lá bem antes da hora. Isso mesmo! Para quem não sabe, fica aqui a dica, São Paulo, aos sábados, entre as dez e quatorze horas, tem trânsito muito complicado, principalmente na região central e suas principais vias de acesso. Trânsito este talvez não tão divulgado pela falta de compromissos laboriosos que realmente, e infelizmente, são os que valem alguma coisa hoje em dia em nossas vidas. Mas lá estava eu, em meio a tantos outros, me arrastando pela Avenida do Estado, cada vez mais lento conforme me aproximava da Avenida Senador Queirós, conversão para o Mercado Municipal, a partir da qual, diga-se de passagem, seguindo adiante, nada havia senão o ondulado e falho tapete de asfalto.
Mas como dizia, lá estava eu, no vai e para, passando sob viaduto da linha vermelha do metrô, a olhar para os lados, para os cantos, para as pessoas – mania minha – e, entre imundices e subumanidades, me deparei, bem ao meu lado, com uma barraca. Não um barraco, mas uma barraca, feita por um emaranhado improvisado de arames, cordões, canos de ferros descartados e tortos cobertos por uma mal remendada lona amarela, no tradicional estilo canadense. Era uma barraca bem comprida, o que também me chamou a atenção, e estava rodeada por bugigangas, lixo e artefatos de uso inexplicável, mas prováveis sentimentos e valores compreensíveis. A extensa vida útil da lona lhe permitia uma transparência sutil e desfocada, mas suficiente para permitir identificar os contornos das pilhas de objetos – e quantas –, aparentemente mantidas como mobílias de uso e decoração. Em uma das extremidades, talvez a que pudesse ser chamada de fundos, havia uma pequena fogueira sob algo que parecia uma panela fumegante, pendurada a uma rústica armação de ferro. Mas ninguém havia. Talvez estivessem dentro de um dos cômodos da barraca a conversar, ou estirados a dormir – o que não se podia confirmar nem mesmo pela transparência –, ou simplesmente tivessem saído, mas não se via uma alma vívida.
Entretanto, era na outra extremidade, na que seria a entrada, que estava o que mais me chamara a atenção e muito me surpreendeu em toda esta cena, a ponto de me fazer perder a atenção para o que fazia, conduzir meu carro ao encontro da minha mãe: na ponta da barraca, cuidadosamente dependurado de forma a decorar a fachada, havia um quadro! Um quadro pequeno, gasto pelo tempo e pela descuidada exposição ao clima. Quase não dava para reconhecer a pintura em si, mas via-se que era uma cena rural, o retrato de uma casa campestre ao lado de um pequeno lago. Enfim, era um quadro, um quadro dependurado na entrada de uma barraca improvisada à margem do Rio Tamanduateí, ao lado da Avenida do Estado, salpicada por detalhes e gostos que pudessem lhe atribuir a mínima sensação e aparência de lar, extrapolando sua essência de abrigo.
Tudo foi muito rápido. Tão logo as buzinas me alertaram da distância aumentada entre meu carro e o da frente, tive que continuar. Apesar de parecer bem instalada, não estava mais lá na segunda-feira seguinte e nunca mais a encontrei, nem o quadro. Ainda os procuro quando por lá passo, mas ficou apenas na lembrança. A encantadora e deliciosa lembrança de encontrar a magia da arte naquelas vidas, que só fez representar e enaltecer outra obra ainda maior: a arte deles em viver, que leva ternura onde predomina a dor e o descaso!
Ah, o lanche com minha mãe foi muito bom!
Que texto delicioso! Dá prá perceber a pessoa sensível e humana por trás dele.
ResponderExcluirQuanto ao flamboyant, fiquei contente por você ter gostado...
Olá Luísa!!
ResponderExcluirQue bom que gostou...fico muito contente!
Sim, flamboyants floridos à beira da estrada sempre são muito bonitos!!
Seja bem-vinda por aqui....
[]ss
Rafa,
ResponderExcluirE acredito que foram só os seus olhos que viram o quadro e a barraca. As pessoas já não tem tempo ou sensibilidade para ver estas coisas. Você enxerga com o coração e escreve de igual forma.
Beijos querido!
Caro Rafael;
ResponderExcluirExcelente texto; a qualidade de sempre.
Belo olhar, sensível e perspicaz, pelo quotidiano urbano.
Gostei imenso.
Um forte abraço.
Oi Eri!!
ResponderExcluirTomara que não...pelo menos uma meia dúzia de pares de olhos já ajudaria..rsrs
Muito obrigado, muito gostoso "ouvir" isso...
Beijos..
Olá Carlos!!
ResponderExcluirBom vc por aqui!
Fico muito contente que tenha gostado, muito gratificante seu comentário...
Grande abraço...
Também eu tive uma vez um encontro agradavel com uma obra de arte que se encontrava em um convento simples e acolhedor. Precisei tocá-lo para senti-lo melhor. Indagando às irmãs sobre o quadro, elas me disseram que se tratava de uma obra muito antiga e de suma importancia para a ordem, embora ninguém se dava conta disso.
ResponderExcluirSeu relato me transportou à essa cena rara em minha vida.
Fiquei com vontade de comer pão com mortadela!!!!rsrsrs
Beijos amor
Cris.
pelo menos o trânsito parado teve um significado pra vc.
ResponderExcluirvc apenas estava parado no trânsio, enquanto aquelas pessoas, paradas no tempo..
bjs.Sol
Oi Tia!!
ResponderExcluirNossa...rendeu tudo isso? Gostei de saber disso e de saber da história, muito legal!! Acho tão bom quando isso acontece: algo que nos remetem vivamente a um momento passado!
Humm...deu em mim agora também, hora do almoço..já viu!
Beijos tia!!
Oi Sol!!
ResponderExcluirhahah...verdade mesmo...bom, pelo menos alguma coisa rendeu do trânsito..se bem que temos que tentar sempre tirar alguma coisa de algum lugar que seja...
Beijos..
Amigo: Obrigada pela visita ao meu blog e pelo comentário. Lindo texto
ResponderExcluirfoi escrito com muito carinho pois vê-se logo a sensibilidade da pessoa que escreve.
Um abraço
Santa Cruz
Uma narrativa muito interessante.
ResponderExcluirO pequeno/grande detalhe a proporcionar uma reflexão atenta sobre a complexidade da natureza humana.
L.B.
Olá Santa Cruz!!
ResponderExcluirEu que agradeço a visita e fico muito contente que tenha gostado e feliz pela descrição..
Um grande abraço!
Olá Lídia!!
ResponderExcluirMuito bom ler este seu comentário...gostei de saber...a coisa foi além do que imaginei..
Obrigado...
[]s
A poesia encerrada no quadro me fez sorrir e acreditar que ainda podemos continuar vivendo, pois a sensibilidade e a beleza não morreram.
ResponderExcluirLindo texto Rafael.
Um bj e apareça sempre que quiser.
Olá Gisa!!
ResponderExcluirQue bom que sorriu...fico contente por isso e por ter gostado do texto...foi realmente uma cena muito importante...triste, mas importante...
Seja bem-vinda!
Beijo...
Neste texto, vc revela 2 qualidades: sabe olhar e sabe narrar.
ResponderExcluirPodem não ser suficientes, mas estas 2 qualidades são necessárias para um escritor.
Caro amigo, um abraço.
Rafael ,
ResponderExcluirParabéns pelo texto !
Super gostoso te ler ...
Bjo.
Cá estou mais uma vez para ler as suas crônicas - que estão cada vez melhores.
ResponderExcluirUm abraço.
Grande Nilsão!!
ResponderExcluirBom saber disso, então ainda tem jeito...já dá pra começar....
Grande abraço, meu amigo!!
Olá Malu!!
ResponderExcluirMuito obrigado..que bom que gostou!! Volte sempre por aqui...
Beijo..
Que bom Lívia!!
ResponderExcluirBom que gostou e bom que estão melhorando...não pode parar, sempre melhorar é o mínimo...
Abraço...
Oi Rafael... Muito obrigado pela visita a meus escritos e tuas palavras. Eu também vou caminhar por aqui e com certeza vão descer todas...
ResponderExcluirAbraço
Opa Gabriel!!
ResponderExcluirEu que agradeço...puxe uma cadeira e fique à vontade...
[]ss
Muito bom, Rafael. Exemplo do muito que se revela ao olhar atento.
ResponderExcluirEsse fato só reforça a minha crença de que a relação com a beleza (dentro das inúmeras variáveis que chamamos gosto)é excêntrica às condições materiais de existência, questões de classe,e aos nossos conceitos rígidos de estética. É algo espontâneo, que mantém e preserva o que temos de mais humano.
Obrigado pela visita,
Um abraço.
A arte imita a vida e a vida imita a arte.
ResponderExcluirO quadro com a paisagem bucólica, com certeza, era o sonho do morador da barraca. E sonhos sobrevivem até mesmo desbotados pelo tempo.
Ótima percepção do mundo gera um ótimo texto :)
Abraços!
Como sempre você escreve textos ótimos! :) Vou impolgando, e quando vejo a leitura já está no fim e tenho que esperar o próximo post :/ Continue assim! Beijos
ResponderExcluirOlá Marco!
ResponderExcluirVocê tem razão...não tinha olhado a coisa toda por este lado...
Que bom que gostou...e obrigado pela visita...
[]s
Boa Rob!! O sonho desbotado na realidade e realizado desbotado, mas com a mesma essência!
ResponderExcluirMuito Obrigado!
[]ss
Oh Ana!! Que coisa boa de saber...que bom que gostou e conto com essa companhia!! Muito obrigado, fico muito contente com isso!
ResponderExcluirBeijos...
Poxa quanta sensibilidade tens em ti...admirada e encantada...Bjos achocolatados
ResponderExcluirMuito obrigado, Sandra!! Agradeço muito!!
ResponderExcluirBeijos..
Grato pela visita, e parabéns pelo blog, textos de qualidade aqui. Sim, podemos trocar ideias. Abraços!
ResponderExcluirObrigado Reiffer!!
ResponderExcluirQue bom que gostou...estou lhe enviando um e-mail para conversarmos melhor..
[]ss
Saborear os detalhes, se encantar, guardar para sempre é uma arte. Tantas pessoas vivem como robôs, passam a vida e jamais aprendem a saborear a vida em pequenos goles. A companhia da mãe é sempre imbatível. Parabéns pelo post e pela sensibilidade!!!
ResponderExcluirBjs
Olá Stella!!
ResponderExcluirMuito obrigado...fico muito contente em saber de tudo isso e receber esse excelente comentário...
bjos..
Rafael!
ResponderExcluirEssa é a visão suprema dos que sabem observar com sabedoria a humanidade.
Belíssimo!
Grato pelas visitas, mas só agora encontrei seu espaço!
Beijos
Mirze
Olá Mirze!!
ResponderExcluirMuito obrigado...e que bom que passou por aqui...espero que tenha valido a pena...
beijos..
Rafael, amado: que delícia de causu, quanta sensibilidade...Vim agradecer a visita que adoreiiii (pena que foi na Carne Moída rsrs). Não some nauuuummmm, visse?
ResponderExcluirBeijuuss n.c. e um ótimo feriado!
Rê
www.toforatodentro.blogspot.com
Oi Rê!!
ResponderExcluirEu que agradeço a visita e este ótimo e prazeroso comentário, obrigado!
Sumo não, pode deixar...rs
Beijos e ótimo feriado para vc tbm!
Olá Rafael!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário lá no meu blogue.
Pois é; vida tem que ser vivida a correr, e a oportunidade perdeu-se de deitar a mão ao quadro. Vá lá, salvou-se o lanche com a mãe, que no fundo, era o mais importante.
Bom fim de semana; um abraço
Vitor
Grande Vitor!!
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário...mas é isso mesmo, salvou-se o lanche...
Bom fim de semana para você também...
[]s
Olá meu querido amigo.
ResponderExcluirVc estava sumido mesmo rs.
Veja,o seu texto até que possui uma certa semelhança com o meu.
Enquanto vc se encantou com um quadro eu me encantei com a natureza rs.(simplicidade em comum)
Gostei muito,belo texto.
Como foi o encontro com sua mãe?
Obrigado pelo carinho da visita.
Abraços.
"simplesmente tivessem saído, mas não se via uma alma vívida.
ResponderExcluir" momento de plena solidão
"...Mas lá estava eu, em meio a tantos outros, me arrastando pela Avenida do Estado, cada vez mais lento conforme me aproximava da Avenida..."
ResponderExcluirJá vivi algo assim, suas histórias nos fazem recordar nós mesmos!
B-Jos.
Que bonita a sua descricao! Gostei demais...Rafael. Pude ate ver tudo que voce descreveu. Eu tambem me perco muito no mundo da percepcao das coisas. E sempre levo minha maquina fotografica. Fiquei me imaginando no transito...vendo aquela barraca. Com certeza seria presa (rs), porque colocaria aquela luz que fica piscando quando o carro tem problema (luz de alerta) e sairia correndo para tirar uma foto (rs). Aqui, eu ja fui varias vezes "xingada" por parar no meio do transito, encostar meu carro, descer, para tirar uma foto.
ResponderExcluirMuito lindo o que voce descreveu,e principalmente esse quadro...
Beijao!
Mary
PS: Ahhhh nao poderia deixar de comentar que me deu agua na boca o sanduiche de MORTADELA! A primeira coisa que faco quando vou ao Brasil eh comer um sanduiche de mortadela, bem recheadinho...
ResponderExcluirBeijos
Mary
Linda a arte de viver no eterno querer.
ResponderExcluirbjs
Insana
Bem interessante sua história, reveladora de grande sensibilidade! E... me alegrou que o lanche com sua mãe tenha sido "muito bom".
ResponderExcluirAbraço sentido!
Sim, uma arte de viver!
ResponderExcluirAbraços.
Olá Pérola!!
ResponderExcluirTem razão nesta semelhança entre nossos textos..rsrs...
Que bom que gostou...o encontro foi bom sim..um baita lanche gostoso...rsrs
Eu que agradeço sua visita e comentário por aqui...
[]s
Olá Ediney!!
ResponderExcluirFoi exatamente esta sensação que tive ao terminar esta frase..rs
[]sss
Olá Priscilla!!
ResponderExcluirIsso é muito bom de se saber...dá mais vida do que eu fui capaz de dar aos meus textos...ultrapassam os limites que eu consigo atingir...e me dexa muito contente!
Obrigado e beijos!
Olá Mary!!
ResponderExcluirPois é, faz um tempo que resolvi tentar levar minha máquina fotográfica para todos os lugares que vou...sempre tem algo, ou, quando tiver, não perderei...mas neste dia, por exemplo, não estava com ela...
Mas sei bem o que vc está dizendo, há vezes que temos que parar e aproveitar mesmo, ainda que custe alguns gritos onfensivos..rsrs
Ah sim, este lanche é muito bom, apesar de muito simples, mas é muito gostoso...está certíssima em aproveitá-lo!
Obrigado pela visita e pelo gentil comentário...
Beijos
Muito por aí, Insana...muito por aí...
ResponderExcluirQue bom que gostou!
Beijos...
Olá Quicas!
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, fico contente que tenha gostado e de como a descreveu...
A questão do lanche foi mais para tentar mostrar que algo tem que dar certo, mesmo que seja de uma forma forçada, mas tudo tem que caminhar...
Grande abraço!
Cada um do seu jeito, Brandão...sempre tentando continuar a caminhada...
ResponderExcluirAbraços...
Olá Rafael, desejo que tudo esteja bem contigo!
ResponderExcluirImpressionante como as pessoas mais simples, e por mais simples que seja seu viver sempre proporciona cenas feito esta, de beleza rara e naturalmente simples, que você presenciou, e isto é simplesmente viver!
Parabéns pelo ótimo texto, e virei visitar seu espaço mais vezes, também quero deixar aqui meu agradecimento por sua ilustre visita ao meu humilde cantinho de palavras, grande abraço e até mais!
Ótima crônica Rafael, esta barraca em lona me fe lembrar de algumas feiras em praças, onde são vendidos objetos antigos. Legal também a sua visão perante o mundo, um olhar atento urbano porém muito humano.
ResponderExcluirGrande abraço e obrigado pela sua visita.
Oi Rafael, às vezes "o inesperado nos faz uma surpresa", como na letra da música! E, afinal, não é essa a graça da vida?
ResponderExcluirMuito legal seu texto e grande a sua sensibilidade. beijos,
Olá Sotnas!!
ResponderExcluirExatamente isso, meu amigo, tudo está nos simples detalhes simples...rs...mas costumamos buscar em grandiosidades que não duram nem sua própria descoberta...
Muito obrigado pela visita e comentário...
Seja bem-vindo e fique à vontade...
[]s
Olá Antonio!!
ResponderExcluirQue bom que gostou e teve outras lembraças...bom saber da descrição que fez sobre este meu olhar..gostei!
Um grande abraço e obrigado pela visita e comentário!
Olá Gloarinha!!
ResponderExcluirTem toda razão...realmente é o que dá a dinâmica à vida!..que bom que gostou daqui...seja bem-vinda!!
Beijos
Muito bom!. A arte pode sim humanizar a vida!
ResponderExcluirGrande abraço!!
Isso aí, Léo...e esse deve ser o grande ganho...
ResponderExcluirAbração!!
Oiee Rafael, eu adorei o texto!
ResponderExcluirMuitas vezes ja aconteceu comigo, por ser assim, um tanto sensivel como você, as vezes pequenos detalhes que ao olharmos mais profundamente, nos tocam de uma tal maneira que...nossa, eu viajo,muito bom te ler, gostei mesmo, te sigo e voltarei ta.
Deixo o convite para que conheça o meu cantinho romântico, um lugar onde guardo algumas coisinhas que escrevo e lugar tambem que aconchego amigos da blogosfera que ja fazem morada em meu coração...vou gostar de ver você por la.
Beijosssssss
Esse olhar é digno de excepcionalidade; mesmo se houvesse a oportunidade da realidade divergente. Esse olhar fascina, encanta e enternece.
ResponderExcluirGostei!
Abraço.
Rafael,
ResponderExcluirObrigado pela presença amiga e comentário lá no meu blog.
E seu ótimo texto sobre a barraca, me fez lembrar do "Bom dia Brasil de hoje - Globo", que também falou de uma barraca numa cobertura em Nova York, apesar dos diferentes contextos. Um improvisou um jeito de sobreviver superando as adversidades da vida, o outro lá em Nova York um jeito de ganhar um dinheiro a mais. Abraço/ney.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/11/moradores-de-nova-york-alugam-quarto-sofa-e-ate-telhado-para-turistas.html
Olá Rosane!!
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita e pelo comentário...fico contente que tenha gostado. Realmente esta "sensibilidade" rende momentos muito bacanas, mas também tem seu preço, que não é nada baixo...
Fique à vontade e seja bem-vinda por aqui!
Beijos..e iriei conhecer lá sim!!
Olá Ricardo!!
ResponderExcluirTotalmente gratificante este seu comentário...energia para continuar...fico muito contente!!
Muito obrigado!
Grande abraço...
hahaa....boa Ney!!
ResponderExcluirEssa foi boa mesmo!!
Obrigado pelo comentário..e fico contente que tenha gostado também!!
Fica a reportagem...
Grande abraço...
São essas pequenas "mudanças" no nosso cotidiano que fazem toda a diferença... Fazem ter um novo rumo, novos olhares sobre aquilo que não percebemos de prima.
ResponderExcluirAbraços e obrigado pela visita! Gostei demais daqui.
Rafael,
ResponderExcluirAs crônicas me parecem mais significativas quando tecem, ao mesmo tempo, os detalhes líricos e prosaicos do nosso cotidiano (as vezes, quase mágico), com os entrelaces que formam o tecido da realidade em que vivemos...
Parabéns por tua crônica que tece a mágica da vida no entrelace do real.
Um abraço,
Genny
P.S. Grata por tua visita em meu "baú", retorne sempre, será bem-vindo.
Olá Pistoleiro!!
ResponderExcluirExatamente...elas dão um sabor diferente a toda rotina...dando um tom de "vale a pena"...
Eu que agradeço a visita...seja bem-vindo por aqui...
Abraço!!
Olá Genny!
ResponderExcluirQue coisa boa de se saber...pelo que tenho ouvido e visto, acho que isto está mais no olhar do que na língua...como se houvesse um filtro visual que desse este tom à imagem.
Muito obrigado e seja bem-vinda por aqui!
Abraço!
Olá Rafael!
ResponderExcluirBonito texto, nem todos os olhares são capazes de ver, as belezas que estão nas beiradas dos caminhos, é preciso saber ver, e ter sensibilidade, para tal.
abraço,
José.
Olá José!!
ResponderExcluirMuito obrigado, fico contente que tenha gostado e agradecido pelo elogio...
Grande abraço...
Rafa!
ResponderExcluirQue lindo texto, vc tem uma magnífica semiótica!
Há braços!
Oi Letícia...muito obrigado...bom vc por aqui!!
ResponderExcluirHá braços...