Cercados por imponentes muros estilizados,
Enfeitavam os largos jardins floreados,
Acompanhados de sombrosas árvores volumosas,
Os casarões encantadores que margeavam meu caminho naquela manhã.
À luz vermelha, parei.
Tomaram-me os deliciosos aromas dos alegres preparativos natalinos
Que, então, naquela manhã, anunciavam o tão esperado banquete.
À esquerda, na esquina, ele, de cabelos desgrenhados,
Metido apenas numa calça de uma só perna,
Mergulhava seus pés, um após o outro,
No pouco de água suja represada à sarjeta.
Postando-se por completo n’água, purificou-se,
Com mãos penitentes, olhar envergonhado para os céus,
E, por mais um dia, talvez sem sabê-lo ao certo,
Fez o Sinal da Cruz!
Olá Rafael, vim retribuir a visita, conhecer seu espaço e pouco mais do que faz.
ResponderExcluirEscrever, por si só já acho uma arte destina à poucos, é preciso Dom, e escrever poesia mais ainda. É ver o mundo de uma forma que foge ao nosso dia a dia de correria, onde detalhes passam despercebidos com sua beleza...
Li apenas alguns mas volto com calma para ler outros.
Prazer em conhece-lo e seja sempre bem vindo ao Terapia.
Olá Flaviane!!
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita e comentário, fico contente que tenha vindo e que tenha gostado...volte sempre sim, é bem-vinda!
[]s
feliz 2012!
ResponderExcluirObrigado, Ray*!! Para você também!!
ResponderExcluir[]s
A alma poética jamais deixa de se indignar com a disparidade que cobre o solo em que pisamos, amigo. Abraço, Castellar! Valeu por mais uma!
ResponderExcluirGrande Jefhão!!
ResponderExcluirÉ complicado fazer que não se viu, ignorar e continuar o caminho como se nada tivesse acontecendo...realmente indigna...
Abração Jefhão!
Em meio a tanta beleza, eis que surge o protagonista rasgado e querendo se limpar e ele o faz exatamente na água suja da sarjeta banhando a parte física e purificando o espírito com o sinal da cruz. Essa foi a minha visão, o banquete da purificação.
ResponderExcluirMuito lindo!
Beijos
Cris.
Oi Tia!!
ResponderExcluirBoa!! E foi isso mesmo....e foi real...triste de ver...mas real...
Que bom que gostou!!
Beijos
Rafael,
ResponderExcluirnormalmente não gosto da época das festas - não pelo sentido delas - mas por sermos violentamente atacados pelo comércio qdo a realidade não é igual pra todos; às vezes dói, às vezes, encanta, às vezes se transforma em poema!
Parabéns por capturar a poesia e transformá-la em versos!
Abraço!
www.minasdemim.blogspot.com
Neste ano novo ele deve ter se banhado na chuva, que não cai mais limpa que a água da sarjeta depois de lavar tanta poluição do ar desta cidade imensa.
ResponderExcluirMas, para quem passa o ano inteiro esperando algo para esperar, tomar banho de chuva para purificar os pensamentos para um outro ano sem expectativas, não é de todo mal.
Boa noite escritor!
Olá Jussara!!
ResponderExcluirVocê tem razão...é uma época que um véu mentiroso desce sobre nossas vistas e cobre a realidade...e ainda, pensando no sentido das festas, muitos ficam fora...
Que bom que gostou...fico contente.
Seja bem-vinda!
[]s
Oi Nathi!!
ResponderExcluirVerdade...ela já vem toda podre...rsrs...mas é um momento triste e, ao mesmo tempo, memorável por ver certos valores ainda mantidos, nesta que deve ser uma das piores situações.
Obrigado pela visita..
[]s
Olá Rafael, dia seis de janeiro, dia de Reis, o dia perfeito para ler a tua vespera de Natal, adorei a imagem da água suja!
ResponderExcluirBom ano!
Abraço
Laura Alberto
Olá Laura!!
ResponderExcluirÉ mesmo...boa lembrança!! E que bom que gostou...
Bom ano para você também!
[]s
"Eu não sei se vem de Deus, do céu ficar azul...", mas sei que a vida muitas vezes é negra por causa do próprio homem. Quem tem fé, tem um tesouro dentro de si!!
ResponderExcluirRafael, obrigada pela visita!
Feliz 2012!!
É verdade mesmo, Luma! Fé no peito e bola pra frente...
ResponderExcluirEu que agradeço a visita!
Feliz 2012!
Eis que aparece o original intuito do natal, a purificação, o arrependimento (mesmo que este dependa da água suja).
ResponderExcluirLindo, nos faz refletir!
;)
Bom ano pra vc Rafael, feliz ano todo!
Oi Ludi!!
ResponderExcluirVerdade...purifica-se do jeito que dá, mas o faz...
Ótimo ano para você também...fico contente que tenha gostado!
[]sss
Rafa, ano novo, veja se não fuja de nós. =)
ResponderExcluirEntendo que vc quis refletir sobre o Natal, mas também tive a impressão do destino, metido e um inesperado a cada véspera de um dia!
ResponderExcluirMuito bom!
Feliz 2012 Rafa!
Juliana
Oi Ana!!
ResponderExcluirNão fujo não..pode deixar...vc tbm não, hein?
[]s
Oi Ju!!
ResponderExcluirNão tinha olhado por esse lado, mas ao reler também vejo que tem a ver...isso é o que mais me atrai em qualquer movimento artístico: os efeitos.
Obrigado, fico contente que tenha gostado.
Feliz 2012 para você também.
[]s
Rafael,
ResponderExcluirgostei dessa troca de pessoas que você fez no poema, muito interessante.
Grande abraço!
Olá Cecília!!
ResponderExcluirQue bom que gostou...fico contente!
Obrigado pela visita...
[]s
Gostei muito do seu espaço e especialmente dos seus textos. Prometo voltar.
ResponderExcluirOlá Maria!!
ResponderExcluirQue bom saber, fico contente que tenha gostado...volte sempre mesmo: é bem-vinda!
[]s