Surgiram-me, às sombras de um grande jardim,
Numa fresca noite na montanha,
Distante de mim, com a cabeça a esvaziar,
Coração a desacelerar
E meu amor a me acompanhar, vaga-lumes!
Inesperados, por de mim extintos,
Piscando em descompasso,
Multiplicando-se, fantasiando o todo,
Brincando de esconder-se do meu ver.
Enfeitaram o jardim,
Inebriaram minha mente,
Pacificaram meu coração,
Como há muito não havia.
Tantas foram as lembranças,
Não as lembradas, mas as sentidas,
Do tempo em que ainda havia,
Que, por um instante, um piscar talvez, senti-me novamente o menino,
Não aquele que nunca deixei de ser, mas aquele que deixei de sentir.
Apenas vaga-lumes,
Tilintando por minhas sombras, como há muito não via,
Como há muito não havia,
Lumes, vagando, por aqui, por ali...
Estas surpresas tem um nome, o que parece extinto e que reaparece tem um nome: VIDA. A vida indo além de qualquer parâmetro, a vida surpreendendo sempre.
ResponderExcluirGrande Dauri!!
ExcluirSim, tem toda razão...isso é VIDA....e temos que nos permitir para que tenhamos estas surpresas...
Abraços e obrigado pela visita...
"como há muito não havia"
ResponderExcluirbjos
Gostei desta frase, tanto que tive de repetir...traz muitas coisas nela..
Excluirbeijos
Será que ainda existem vaga-lumes...eu em criança adorava correr atrás deles...talvez a vida nos vá dando alguns...gostei do poema. Beijos com carinho
ResponderExcluirOlá Rosa!!
ExcluirPra vc ver, eu nem lembrava que eles haviam existido e de repente me veem todos...
Que bom que gostou, obrigado!
Beijos
Gosto dos pirilampos (vaga lumes) e há muito tempo que também não os vejo...será porque cresci?? Ou só a alma de criança é que consegue ver aqueles pontinhos onde começa o reino da fantasia!? !
ResponderExcluirSaudades, não?? Gostei do poema que me levou lá atrás, a outro mundo, a outro tempo.
Beijos
Graça
Oi Graça!!
ExcluirAcho que porque crescemos e porque estão "em falta"...Mas sendo criança, livre de preocupações corriqueiras e cheios de pureza, fica mais fácil de vê-los.
Que bom que o texto causou isso, fico contente, pois foi o que justamente me aconteceu.
Obrigado e beijos!
Eu adoro observar os vagalumes, parecem estrelas a brilhar e a iluminar a noite. Companheiros do luar vão descarregando as luzes do seu interior num magnífico balé, bailarinos da escuridão, traçam caminhos em cada piscar e os nossos olhos que só enxergam luz levam pra dentro de nossa alma o clarão que vai desvendando aos poucos e descerrando as cortinas de todo o mistério que nos circunda.
ResponderExcluirBelíssimo poema!
Beijos
Cris.
É muito mesmo, né tia? Vazia tanto tempo que eu não fazia isso...é fato não ter vaga-lumes por aqui, mas eu também não prestava mais atenção.... Não estava permitindo...rsrs
ExcluirQue bom que gostou!!
Beijos tia
Vaga lumes...Não sei tem hífem ou não, apenas sei que tem gosto de infância, de um tempo bom em que as maiores preocupações eram o campeonato de bolinhas de gude, as tarefas escolares, a vacina no braço...Um tempo de sono justo, pesado, de sonhos coloridos e piscantes, como estas criaturinhas mágicas que ainda nos dão o prazer de vê-las. Lindo poema, bela lembrança. Beijosss
ResponderExcluirOi Gi!! É com hífem, mas tive que procurar no dicionário antes...rsrrs....sim, é completamente infância mesmo...daquela liberada, despreocupada....hahaha...agora vc me trouxe muitas outras lembranças boas...rsrs...
ExcluirFico contente que tenha gostado, obrigado!
Beijos
"Tantas foram as lembranças,
ResponderExcluirNão as lembradas, mas as sentidas"
tão bonita essa frase, senti a poesia, adorei.
Oi Ana!! Confesso que esta foi uma parte que me pegou mesmo neste texto e neste momento....que bom que gostou e que sentiu!!!
Excluir[]s
lembranças sentidas, Rafa..
ResponderExcluirtalvez estas estejam me faltando..
a natureza tem vários recursos,
com o propósito de nos chamar a atenção.
o vaga-lume é um deles,
trazendo no seu piscar,
muitas lembranças..
sentidas.
bjs.Sol
Oi Sol!!
ExcluirVc tem razão, a natureza sempre foi uma fonte destes recursos...
Beijos..
não se pode caminhar sempre na escuridão...
ResponderExcluirBeijinho
LauraAlberto
Não mesmo, Laura...vez ou outra, pelo menos, merecemos um pouco de luz vez ou outra....
Excluirbeijos
ahhh esse pirilampos
Excluirda minha infância
trilhando caminhos no breu
acendendo os olhos meus
sem ao menos dispitar
por onde os traços seguiriam
suas estripulias pueris.
Bonita lembrança me trouxe.
Meu abraço,
Sam
Mesmo, né Samara?!
ExcluirMuito bom como eles nos marcam e esquecemos disso...e como foi bom relembrar e descobrir que faziam falta!
Fico contente que tenha lhe trazido esta bonita lembrança!
Abraço!!
os pirilampos estão em vias de extinção
ResponderExcluirluz a mais nas cidades, muitos inimigos naturais, ou não
na infância, os pirilampos eram tantos que ninguém tinha medo do escuro :)
era tão bom este sentir
Tem razão, Manuela...pelas luzes e pela falta de inocência!
Excluirverdade....tempo bom, estes não são?
[]s
postagem maravilhosa, caro amigo
ResponderExcluirGrande Charles!! Muito obrigado, que bom que gostou!!
ExcluirAbração, meu caro!
(acho q agora acertei a caixa de comentários rs)
ResponderExcluirQuando eu era criança, pulava pontes e em meio a erva, colhia um punhado deles. Hoje, me parecem que estão quase extintos - eles e minhas lembranças pueris.
Meu abraciiimenso.
Sam
hahahha....sem problemas!!
Excluirainda não sei se estão extintos do mato ou nossa agitada vida e sem inocência não nos permite mais vê-los...
Abração!!
Voltar a sentir, sentir, é o faz sentido na vida.
ResponderExcluirExatamente, Paula!! Dá todo o sentido e cor!
Excluir[]s
muito interessante
ResponderExcluiro seu poema!
Saudações poéticas!
Olá Vieira!!
ExcluirMuito obrigado...bom vê-lo por aqui!
Saudações do lado de cá!
Lembranças sentidas como vaga-lumes, apagam e acendem. Gostei muito!!
ResponderExcluirObrigado pela visita, vai ser sempre retribuída pelo bom jogo de letras encontrado aqui! :)
Olá Ingrid!
ExcluirÉ verdade...e que acendam mais vezes..rsrs...
Eu que agradeço a visita e seja bem-vinda!
[]s
Olá Rafael!Bom demais te ler!Bjos Amei os versos!
ResponderExcluirEnfeitaram o jardim,
Inebriaram minha mente,
Pacificaram meu coração,
Como há muito não havia.
Oi Márcia!!
ExcluirQue bom que gostou...fico muito contente com isso!
[]s
Passei por cá e fiquei.
ResponderExcluirGosto da forma que escreve, simples e intensa.
Olá Rita!!
ExcluirQue bom que veio, que ficou e que gostou! fico contente!
Seja bem-vinda por aqui!
[]s
Literalmente falando, sabe que eu há um mês atrás me deparei com um vaga-lume no meu quarto? Fiquei tãooo encantada! Nunca imaginei ver um no meu apartamento em plena cidade grande! Fiquei horas no escuro olhando pra ele, depois resolvi abrir tudo pra ver se ele conseguia sair.
ResponderExcluirDentro do seu quarto de apartamento!! Caramba, é pra ficar horas observando mesmo...que legal!!
Excluir[]s
Vagando por aqui... Contemplando teu poetar.
ResponderExcluirNão esqueça do DRINK, hein!
=)
bjo Rafa
Oi Liza!! Obrigado...fico contente!!
ExcluirNão esqueço não...rsrrsrs
beijo!
Que poema intenso e bonito.
ResponderExcluirGosto dessas centelhas enluaradas a enfeitar as noites de lua azul.
Bjos
Fer.
Olá Fernanda!!
ExcluirQue bom que gostou...fiquei contente de saber, obrigado!!
Ontem a lua estava muito bonita por aqui..
beijos