Não era mais a mesma a praça.
Tinha árvores altas, gramas verdes,
Bancos recém pintados, brinquedos novos e modernos;
Mas não era mais a mesma a praça.
Eram varridas as folhas, floridas as flores,
Podadas as árvores, aparada a grama.
O que será que faltava,
Que dela não fazia mais a mesma praça?
Enquanto por ela ainda passava,
Com a cabeça contrariada,
Segredou-me das gangorras empoeiradas o silêncio
Daquilo que tanto faltava.
Revelada, então, foi a farsa,
Num canto discreto,
Pelas indignidades às pressas renunciadas
Que do heroico bem-feitor a disposição agrediram.
Apesar da farsa,
Não era mais a mesma a praça
Pois, agora, a frequentam ratos:
Os mais repugnantes, os semelhantes.
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