segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Chova-me, Chuva!

Tudo misturado, confuso.
Centenas de pensamentos,
Milhares de sentimentos,
Nenhuma certeza.

O calor frita meu cérebro,
Enseba minha pele,
Molha minha camisa,
Incha meus pés.

Lá fora, nuvens escuras,
Irrompem em ódio e terror,
E anunciam meu alívio.

O céu rasgam a trovoadas,
Misturam-se em devaneio,
Metamórficas.

A poeira já cheira molhada,
O rosto já respira úmido,
O corpo já se fresca ao vento,
Não mais me sinto.

Véus d’água despencam livres,
Em uma dança sensual
Ao sabor do vento.
O corpo se espalha pelo chão.

Lava o ar,
Lava o telhado,
Lava o chão,
Lava-me as entranhas!

Pronto, estou pronto.
Devolva-me a vida,
Renovada, pura, limpa.

Leva-me pela enxurrada!
Estou pronto para tudo,
Como nunca quis estar.

4 comentários:

  1. Rafa! Agora sim fiquei surpreso! Nunca duvidei de vc, pois sempre demonstrou sua inteligencia nas brincadeiras e por isso sempre soube que seria capaz de algumas façanhas... mas estas sensações e sentimentos, que maravilha!
    Parabéns, continue assim... Jefferson

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  2. Pôxa, Jefferson! Assim você me quebra as pernas! Fiquei sem reação agora...só posso lhe agradecer!!

    Muito obrigado!! Seja bem-vindo e volte sempre!!

    Abração,

    Rafael

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  3. Belíssimo blog, poesia deliciosa
    desce mais uma, dez, cem..
    sem saideira
    abraços marcos

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  4. Olá Marcos!! Que bom que gostou! Seja bem-vindo e volte sempre: aqui não tem saideira e elas estão sempre geladíssimas!!

    Abraços...

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