Sou o vinagre que impregna sua água,
Sou o óleo que mancha seus rios,
Sou a praga que avassala sua plantação,
Sou o vento que tomba seu lar.
Sou a fome que leva suas crianças,
Sou a guerra que limpa o mundo,
Sou o ódio que seleciona os puros,
Sou a excelência que condena os culpados daquilo que não fizeram.
Sou a sujeira debaixo de suas unhas,
Sou a violação da rua de trás,
Sou a intolerância que arrebenta a carne,
Sou o dedo podre que cutuca sua ferida pútrida.
Sou a arrogância que lhe rebaixa aos porcos,
Sou a ostentação que lhe remete ao nada,
Sou a ordem que atropela seus desejos,
Sou a lei que lhe rouba a felicidade.
Sou a noite que chega eterna,
Sou o frio que lhe tranca em si,
Sou a angústia que lhe corrói,
Sou os pesadelos vivos que lhe perpetuam a insônia,
Sou a peste que envereda por suas veias,
Sou o câncer que lhe come viva,
Sou o demônio que lhe acompanha à esquerda,
Sou o pecado que calam os santos.
Sou o êxtase que lhe contorce o corpo enlouquecido,
Sou a felicidade que lhe faz tudo ter sentido, sendo.
Sou o amor que se enerva em suas vísceras,
São meus braços que lhe envolvem na noite fria, junto ao meu peito – onde pode descansar.
Durma!
Que poema forte, Rafael! Praticamente uma marretada no peito.
ResponderExcluirÓtimo!
Abraço
O veneno está transborando e em balsamo se transformando.....
ResponderExcluirintuisco solamente ciò che hai scritto, ma mi sembra poesia vera.
ResponderExcluirun caro saluto
gugl
Ciao Gugl!!
ResponderExcluirHo alcune tradotta per italiano, inviaró loro per e-mail a te.
Grazie per la visita!
Saluti,
Rafael
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ResponderExcluirI'm very very glad about your comment...thank you very much...would you like to show yourself in private messages?
ResponderExcluirBest wishes!