Ah, meu amigo, espero ter aproveitado ao menos o suficiente, pois já é tarde, tarde demais!
Vim longe demais – bem que me disseram.
Só agora, com a maré a molhar meus pés e a tudo inundando, é que percebo.
Tarde!
Afastei-me demais!
Mas ainda era seco e o tempo estava bom.
Distraí-me com tamanho encantamento e agora já não há como voltar.
Lá vêm elas, colossais, zombando da minha ingenuidade.
Por todos os lados, de mãos dadas, feito muralha, deslizando com elegância e prazer diabólico em minha direção.
Apenas ondas, e tudo se acaba.
Cercado, não há mais o medo, mas a impotente angústia petrificante firmada diante da onipotência, inevitável.
E num divertimento assustador, desabam com todas suas forças e deleites, por todos os lados, sobre mim.
No último momento de insano desespero, tentei, com toda minha voz e desejos, gritar por ajuda; mas, sufocado e inundado, engasguei!
Com braço estendido e mão espalmada, afundei surdo, com os pulmões cheios dos últimos e ternos momentos, à espera de outra redentora.
Quisera poder voar, invés de apenas lembrar.
Eu te jogaria um colete salva-vidas...kkkkkk
ResponderExcluirBelíssima poesia!!!!
Beijos Felinos.
Eu te jogaria um colete salva-vidas...kkkkkk
ResponderExcluirBelíssima poesia!!!!
Beijos Felinos.
huahauahu....boa Felina....gostei dessa!!
ResponderExcluirBeijos pra vc tb!!
Clara demonstração de superação de limites!!!
ResponderExcluirMuito lindo!!!
Beijos
Cris.
É sim, né tia!! E se não o fizer, a coisa estoura de todos os lados..
ResponderExcluirBeijos...
Será que se afastou? ou desejou que a imensidão do mar o envolvesse!! ,talves um teste aos seus limites,a provocação do "eu"
ResponderExcluirprovavélmente um vazio ,uma ferida que fluidifica nesse mar de exactidão.
Oi Anabela!!
ResponderExcluirRealmente é uma possibilidade...uma nova e boa forma de ver a cena...por isso adoro isso...tantas visões interessantes sobre a mesma coisa!
Bom tê-la por aqui...
Abraço...
Parece alguem nos seus momentos terminais dessa vida, se despedindo das pessoas, alguem idoso, que nao viu o tempo passar, ou uma visita que chegou a hora de ir embora, alguem cercado de varias pessoas, para se despedirem, alguem realmente mal, mas talvez feliz por ter alguem por perto, ou quer ter mais? Mais um redentor? O ultimo, o sagrado? ............ sei lah, esotu devaneando, imaginando a cena.... ou nao é nada disso e eu que me sinto assim......... abraçoo!
ResponderExcluirGrande Renato!!
ResponderExcluirÉ bem por aí...e acho que isso é melhor de tudo isso, de qualquer tipo de expressão artística: os sentimentos, visões e sensações que todos têm diante a proposta...que na muitas vezes não são a mesma coisa que o autor intencionou e, às vezes, nem lembra!
Isso é o que importa, o que sentimos diante do exposto!!
Grande abraço...e devaneio o máximo que puder!!
HAushaushau, eu sabia que nao tinha nada a ver... kkkkkkk
ResponderExcluirAcredito Rafael que a cada passo nosso talvez seja um salto para o inesperado, e essa superação ou constante caminhar nos faz sentir e mudar, aprender muito, como diz molhamos nossos pés e as vezes percebemos inundados por algo e devemos partir para outras águas, em busca de novos momentos, novos vôos, e cada vez esperar que as ondas da vida não nos levem para outro rumo e sim para o correto ou o que podemos chegar ao correto!
ResponderExcluirQue palavras Rafael, adorei!
Abraços
Oi Ju!!
ResponderExcluirVocê pegou o espírito da coisa...e exatamente isso, só que às vezes molhamos os pés e percebemos tarde demais...e vem o tombo!!
Fico contente que tenha gostado!!
Abraços...
hauahuaha....que é isso Renato...essa é a ideia!!
ResponderExcluir[]ssss
Muito bom, Rafael, lindíssimo texto!
ResponderExcluirSensível, ainda que triste. Remete-nos a lugares e lembranças bem peculiares.
Quem já não sentiu algo parecido?
Beijos e ótimas inspirações!
Leve todo mundo para o terraço.
ResponderExcluirVamos pular de lá!
Porque quem vive de vôos, nunca será pouso.
Um abraço.
Oi Lu!
ResponderExcluirSim...e que lembranças e lugares...felizes que se tornam tristes, entre outras...
Que bom que tenha gostado..
Beijos e obrigado!!
Ah...Boa Pipa!! Gostei dessa visão...e muito do "quem vive de voo, nunca será pouso"!! Muito bom!!
ResponderExcluirSubamos!!!!!
Abraço..
Achei lindo demaiss esse textoo, sem palavras.
ResponderExcluir;*
Olá Thaisa!!
ResponderExcluirQue bom!!!...ótimo receber seu comentário e saber que passou por aqui!
Bjo...
Realmente tocou-me...
ResponderExcluirUma bela superação.
Achei show!
Parabéns.
Beijos.
Oi Rafael, obrigada pela visita.
ResponderExcluirGostei muito do seu blog, vc escreve de um jeito gostoso, como se estivesse conversando com o leitor.
Não costumo fazer isso, mas como me identifiquei com a temática, reproduzo para vc meu poema Serena, publicado na Antologia CBJE:
Serena
correntes me levaram
e as ondas me arrastaram,
para o fundo das águas.
não havia como fugir.
o meu corpo rendido
mergulhou no silêncio,
entrega e liberdade,
outra realidade.
um conhecer a morte
bolhas, cabelos, redes,
peixe-mulher na teia,
o mar me deixou na areia.
Olá Natália!!
ResponderExcluirQue bom saber que te tocou dessa forma e que tenha gostado!!
Obrigado pela visita e pelos parabéns...
Beijos e volte sempre!!
Olá Cynthia!!
ResponderExcluirEu que agradeço e digo que fiquei muito contente pela sua visita e por ter gostado daqui...gostei também de saber dessa sensação de conversa com o leitor que vc disse que meus textos produzem...muito bacana isso!
Sensacional seu "Serena"...realmente temos as mesmas de várias mensagens em esses nossos textos...obrigado por reproduzi-lo aqui...gostei do vai e vem...ondas..rs
beijo e volte sempre!
Depois de muito tempo, eis-me aqui e lá também. Será que ainda lembra-se de mim? Finalmente o sistema de comentários voltou a funcionar. Espero que goste do que acabei de publicar.
ResponderExcluirCom o mesmo carinho de sempre, folhas secas deste Outono.
É claro que lembro, Outono...já vou dar uma olhada lá...
ResponderExcluir[]'s
Gostei muito da postagem. Palavras bastante expressivas e com muito significado. Não sei, as vezes parece que o tempo passa demais, ou somos nós a passar muito rápido por ele. Muitas vezes não dá para voltar atrás.
ResponderExcluirBeijos
Águas passadas não voltam, mas Olhar pra traz poder ser uma boa solução, já que não se pode voar.
ResponderExcluirBeijooO' foi bom te ler!
Olá Valéria!!
ResponderExcluirTem toda razão...lembrar dos porques pode ajudar com que águas passadas turvas, não voltem...
E que vc, sim, volte por aqui...fico contente que tenha gostado daqui...
Beijos!
Olá Gabriela!!
ResponderExcluirÉ...tem horas que também não sem bem como essas coisas acabam se relacionando...mas a verdade é que passam e não voltam...e acabamos nos afundando por completo...
Obrigado pela visita!
Beijos
oi...
ResponderExcluireu sempe dgo que qdo leio um texto que não é meu,naquele momento eu me aposso dele....e é o que aconteceu agora...
me vi nessas ondas que estavam a zombar de minha ingenuidade....me senti triste e por um momento,inundada de algo que não sei dizer....
(eu viajo né??)
whatever....
eu amei o post..cheio de sensibilidade.....
um beeeijo^^
humm, eu gostei ehm!!
ResponderExcluirpense, há coisas que vão e outras vem... tudo no tempo certo.. não vá lamentar pelo que foi, agradeça pelo que estar por vir...
xD
beijos
Oi Joyce!!
ResponderExcluirPode se apossar...e principalmente viajar, mas dessa vez vc não foi nada longe...é bem essa a ideia...é triste mesmo...muitas coisas tristes nele...rsrs
Que bom que gostou! Seja bem-vinda por aqui!!
Beijos!!
Oi Dani!
ResponderExcluirGostou? Que bom!!!!
Sim, tudo vai e vem...lamentar realmente não é bom, mas que ficam cutucando a gente um bocado, ficam...mas o que está por vir, eu vou buscar...
Beijos!!
afogando-se em belas palavras...morreria assim...calmo e lindo...
ResponderExcluirhttp://guilg7.blogspot.com/
vlw
Rapaz, eu prefiro me molhar inteiro do que so os pés. Deixo a onda me arrastar e me arrasar, talvez assim eu desbura meu verdadeiro eu. Só com mudanças revelantes sabemos o que é bom e o que é mau para nós.
ResponderExcluirAbração
Acho que seria um bom fim, não Luiz Guilherme...terminaria em paz!
ResponderExcluirAbraço!!
Grande Dr. do Absurdo!
ResponderExcluirRealmente...isso não dá pra negar...são nesses momentos que nos encontramos e nos conhecemos cada vez mais...louco isso, né? Tem que ser debaixo de pauladas!!
Abraço!!!
Os meus piores pesadelos são assim: querer gritar e não conseguir. Mas, nunca nem pensei em voar, porque o desespero sempre me congelava...terrível!!
ResponderExcluirVocê faz poesia como ninguém!!!
Oi Erica!!!!
ResponderExcluirConfesso que sofri muito desse tipo de pesadelo, além daqueles que preciso correr e não saio do lugar...
Mas sempre pensei em poder voar - no mundo real - para fugir dessas peças que nos pregam, mas não consigo..terrível mesmo...rs
Nossa, nem sei o que dizer sobre essa sua frase...só posso dizer, de pernas bambas, muito obrigado...isso me deixa muito contente!!
Beijos...volte sempre, tá?
Também eu gostava de saber voar...a vida por vezes empurra-nos e nem sempre é para a frente, também para baixo... Escreve bem e com graça.
ResponderExcluirEste seu texto é forte e nos
ResponderExcluirinterroga o que fazer em certos
momentos.Voltarei mais vezes.
Um abraço/Irene.Passam por
aqui amigas minhas,como a Felina
Mulher.
Olá Angela!!
ResponderExcluirTalvez até aprendamos um dia, mas antes teremos que tomar muitos e muitos empurrões desses..
Muito obrigado pela visita e comentário...bom saber que gostou!
Abraço..
Olá Irene!!
ResponderExcluirQue bom que passou por aqui...é sempre bom saber que tipos de sensações meus textos provocam, mas acima de tudo saber que provocam algo...muito obrigado!
Opa, então estamos todos em casa!!
Abraço!!
Várias ondas passam por nossas vidas.
ResponderExcluirCabe a nós adquirir forças para vencê-las.
Belíssimo texto, Rafael!
Adorei teu blog!
Beijos!
Oi Dina!!
ResponderExcluirExatamente...e isso cabe só a nós...e mais ninguém...afinal, é assim que será...
Que bom que gostou daqui...volte sempre, pois é bem-vinda!
Beijos
Maravilhoso!
ResponderExcluirAdoro o mar, as ondas...
Senti aqui, as lembranças imperuaosas irem e virem, rebentando sobre minha cabeça, feito turbilhão...
amei o blog, e fico aqui, agradecida, pela visitinha no meu simpes espaço!
Saúde então!
bebamos!
Oi Nine!!
ResponderExcluirNossa, deu pra sentir tudo isso? Que bom!! E que bom que gostou daqui...fico muito contente com isso...
Volte sempre e seja bem-vinda!!
Saúde!!
Beijos
Oi, Rafael!
ResponderExcluirLindo texto, mas um pouco triste. As ondas sufocam em sua colossal imagem e levam tudo com um certo deleite. "Quisera poder voar, invés de apenas lembrar"...
Abraço!
Saudades!
Oi, Ilaine!
ResponderExcluirÉ...a ideia é ser um pouco triste mesmo, pois pretendi descrever momentos e relações complicadas, indesejadas, mas que também nos cercam...
Fico muito contente que tenha gostado...
Beijos!!
Oi Rafael, como vai?
ResponderExcluirEu me senti afogar num doce silêncio e solidão... duvidei da escolha e, esbracejei enrolado na onda que me fez regressar... me afundei sim, de seguida, mas... no seu texto, nesse momento interior!
Kandandos a atravessar tanto mar...
Oi Kimbanda...tudo bem e consigo?
ResponderExcluirPôxa! Incrível essa sua descrição sobre os sentimentos e sensações que teve ao ler este texto...muuuito bom saber disso. Esse é o tipo de coisa que faz tudo isso valer a pena!!
Kandandos deste lado!!
A atracção do abismo?
ResponderExcluirO mar tem esse efeito, muitas vezes, em mim: atrai-me irresistivelmente.
Mads como é belo, o mar!
E as ondas deslizam mesmo com elegância… E dançam, e atraem…
E o medo desaparece, e apetece ficar assim, e assim acabar!
Voar? Para quê???
Muito bom esse teu texto.
Beijinhos
Mariazita
Oi Mariazita!
ResponderExcluirÉ...o mar tem essas coisas loucas com a gente, né?
Tem horas que é melhor voar, mas concordo que outras é melhor ficar e acabar!
Que bom que gostou!!
Beijinhos
Olá......Bom dia!
ResponderExcluirObrigada pela visita e por vir.
Gostei muito do seu blog.
Estou a lhe seguir.....Abraço!
Olá M@ria!!
ResponderExcluirSou eu quem agradece sua visita! Volte sempre e seja bem-vinda!
Abraço..